domingo, 22 de novembro de 2009

Barco viking não é diversão



A maioria das embarcações era feita – de fora para dentro - com peças lisas de carvalho para a quilha e as tábuas. As partes curvas do barco usavam outros pedaços de madeira: árvores tortas, galhos e até raízes. A obra naval atingia cerca de 23 metros de comprimento e cinco de largura na meia-nau e apenas dois metros de profundidade, pesando aproximadamente 18 toneladas equipada.

O mastro deslizava como na ilustração.


Estrutura para segurar o mastro.

O primeiro passo era prender a roda-de-proa na quilha, e esta estrutura ao cadaste de popa para construir uma “espinha sólida”. Então as tábuas eram colocadas sobrepostas, com a quilha sustentando. Quando o casco alcançava a linha de flutuação, as cavernas (peças de madeira que ficavam dispostas perpendicularmente em relação às tábuas) eram colocadas para dar continuidade à estrutura até a amurada, ou seja, a peça “final” de cada extremo da embarcação.

Os vãos entre as estruturas eram vedados com musgo ou pelo de animal misturado com alcatrão e as partes eram presas por cordas ou pregos. A idéia de “amarrar” os pedaços do barco veio mais tarde, quando os vikings perceberam que isso daria maior flexibilidade à estrutura em mares agitados. Para finalizar a obra, fixavam o mastro e o resto dos equipamentos.

O navio de Gokstad

O barco encontrado em uma sepultura (além de transporte, o barco era usado como túmulo depois de velho) da Noruega, em Gokstad, é um bom exemplo das robustas embarcações. Provavelmente, pertenceu a um chefe viking do século IX e, embora tenha linhas delicadas, apresenta quilha grossa e casco de costado trincado – sendo, portanto, destinado à navegação em alto mar.

A suposição é de que a estrutura tinha cerca de 10 metros de altura e pesava 360 quilos. Com a função de distribuir o peso, os construtures do Gokstad usaram um bloco grande de madeira, o kerling, com um buraco para enfiar o pé do mastro onde. Por cima dele, o “peixe de mastro”, uma peça maciça de carvalho, fazia escorar o mastro ao ser erguido ou abaixado.

O barco era conduzido por um leme de três metros de comprimento, parecido com um remo, que era preso perto da popa por um galho de salgueiro. Isto permitia que a estrutura girasse com segurança em casos em que o navio estivesse abicado.

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