tag:blogger.com,1999:blog-85131207051869193592024-03-13T12:18:48.002-07:00VikingsBlog, relacionado ao estudo da cultura e organização, de um povo que em seu tempo assolou a Europa.Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-41530701929958039372010-12-03T08:00:00.001-08:002011-04-03T12:29:23.432-07:00A Muralha Dinamarquesa<em>O Danevirke era uma muralha de terra que separava a Jutlândia<br /> do Império Franco. Sua finalidade primordial era proteger a <br />cidade de Hedeby, que era o mais importante centro de comércio <br />da Dinamarca</em><br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkUm5qPqdI/AAAAAAAAGNQ/_4PTtUFbr6c/s1600/Danevirke%2Bna%2BCarta%2Bmarina..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546487074629069266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkUm5qPqdI/AAAAAAAAGNQ/_4PTtUFbr6c/s400/Danevirke%2Bna%2BCarta%2Bmarina..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Danevirke na "Carta marina" do século 16.</span></center></em><br /><br /><strong>Construção da muralha</strong><br /><br />Danevirke é uma muralha defensiva dinamarquesa (hoje em Schleswig-Holstein, território da Alemanha) que foi construída entre o limite ocidental da Jutlândia e Schleswig, em Slien, no Mar Báltico, perto do centro viking de comércio de Hedeby.<br /><br />Segundo fontes escritas, a construção de Danevirke foi iniciada com o rei dinamarquês Gudfred em 808. Foi construída com o objetivo de proteger o reino dinamarquês na península da Jutlândia de ataques francos.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkVlvFsxQI/AAAAAAAAGNY/jo1Eix3bQqQ/s1600/As%2Bv%25C3%25A1rias%2Bfases%2Bde%2Bconstru%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2BDanevirke.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546488154123191554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 322px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkVlvFsxQI/AAAAAAAAGNY/jo1Eix3bQqQ/s400/As%2Bv%25C3%25A1rias%2Bfases%2Bde%2Bconstru%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2BDanevirke.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">As várias fases de construção de Danevirke.</span></center></em><br />Os francos haviam conquistado a Frísia e a Saxônia ao longo dos últimos 100 anos. Temendo uma invasão dos francos, o rei dinamarquês Gudfred ordenou que a fronteira de seu reino com o dos francos fosse fortificada.<br /><br />Durante a Idade Média, a estrutura foi reforçada com paliçadas e paredes e foi usada pelos sucessivos reis dinamarqueses como ponto de partida de incursões militares nas Cruzadas Bálticas, particularmente as incursões dinamarquesas contra os eslavos.<br /><br /><strong>Posto alfandegário, pousada e bordel</strong><br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPvUSD1oanI/AAAAAAAAGOA/XFWz5RLybPE/s1600/Runa-de-Hedeby..jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 370px; height: 378px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPvUSD1oanI/AAAAAAAAGOA/XFWz5RLybPE/s400/Runa-de-Hedeby..jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547260772769884786" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Runa de Hedeby. Foi encontrada em Sønderjylland, Norte da </span></center><center><span style="font-size:85%;">Alemanha. Sønderjylland atualmente pertence à Alemanha,</span></center><center><span style="font-size:85%;">mas durante a idade média era parte do Reino da Dinamarca.</span></center></em><br />Pesquisadores descobriram o único portão de travessia do Danevirke, um portal com cinco metros de largura. De acordo com escritos antigos, “carroças e homens a cavalo” costumavam passar pelo portão, chamado de “Wiglesdor”. Perto dele havia um posto alfandegário e uma pousada que incluía um bordel.<br /><br />Há um século os arqueólogos sonhavam em encontrar este portão entre a Dinamarca e o Império Franco. Especialistas conheciam a localização aproximada, mas os arqueólogos não podiam escavar: havia uma antiga taverna no caminho. “O Café Truberg colocou freios em tudo”, diz Claus von Carnap-Bornheim, chefe do departamento de arqueologia de Schleswig Holstein.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkXogmE4AI/AAAAAAAAGNo/wpad_0P_p_8/s1600/Danevirke....jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546490400795320322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 283px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkXogmE4AI/AAAAAAAAGNo/wpad_0P_p_8/s400/Danevirke....jpg" border="0" /></a><a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkYE3jwItI/AAAAAAAAGNw/shJ743HLcc4/s1600/Danevirke.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546490887995925202" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 265px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPkYE3jwItI/AAAAAAAAGNw/shJ743HLcc4/s400/Danevirke.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Arqueólogos fazendo escavações no Danevirke.</span></center></em><br />As coisas só começaram a ir adiante quando o café faliu e foi comprado em 2008 com a ajuda da AP Møller-Fonds, um fundo que pertence a Arnold Maersk, dinamarquês de 97 anos que é dono da maior frota de contêineres do mundo. A companhia de energia E.on Hanse, subsidiária da E.on e responsável pelo norte da Alemanha, pagou para que o prédio fosse demolido e os arqueólogos puderam avançar.<br /><br /><strong>Comércio por terra</strong><br /><br />Seus longos barcos tecnologicamente sofisticados, permitiram aos dinamarqueses desenvolverem uma rede formidável de rotas de comércio. Eles viajavam pelos rios da Rússia até Bizâncio e navegavam o Atlântico Norte até a longínqua Islândia, Groenlândia e até o norte da América do Norte.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPvUlcqXmzI/AAAAAAAAGOI/ubvNlNA2bBQ/s1600/Mapa%2Bmostrando%2Bo%2BDanevirke%252C%2Bba%25C3%25ADa%2BSchlei%252C%2Be%2Brios%2BTreene%2Be%2BEider..png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 399px; height: 387px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TPvUlcqXmzI/AAAAAAAAGOI/ubvNlNA2bBQ/s400/Mapa%2Bmostrando%2Bo%2BDanevirke%252C%2Bba%25C3%25ADa%2BSchlei%252C%2Be%2Brios%2BTreene%2Be%2BEider..png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547261105851046706" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Mapa mostrando o Danevirke, baía Schlei, e rios Treene e Eider.</span></center></em><br />Mas havia um calcanhar de Aquiles nesse império comercial, e este se localizava em Hedeby. Para que os bens do leste fossem enviados para o oeste, eles precisavam cruzar a estreita faixa de terra na base da atual Dinamarca. Os comerciantes entravam no território pela baía de Schlei, até chegar a Hedeby, onde suas mercadorias eram descarregadas e enviadas por terra até o Rio Treene, a 18 quilômetros dali. Só então os bens podiam ser carregados em barcos e enviados pelo Mar do Norte.<br /><br />Durante toda a duração dessa curta viagem por terra, os bens valiosos – incluindo ouro de Bizâncio, peles de urso de Novgorod e até estátuas de Buda da Índia – ficavam expostos a ataques. Foi para proteger essa importante artéria comercial que os arqueólogos hoje acreditam que foi construída a fortaleza de terra, pedras e tijolos. O Danevirke, em outras palavras, não era nada além de um escudo protetor para o comércio.<br /><br /><strong>Fontes:</strong> Tripatlas / Wikipédia / Blog Artigos Traduzidos / Solbrilhando.com / Runewebvitki.comValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-64681376380748697172010-10-22T15:39:00.000-07:002010-12-05T10:18:53.321-08:00O Comércio Viking na Europa<em>Os Vikings desenvolveram na Europa uma rede formidável de <br />rotas de comércio. Incentivaram o comércio e a indústria, revitalizaram os centros urbanos em decadência da Europa Ocidental e Setentrional e fundaram novas comunidades <br />urbanas em partes tão remotas como a Rússia e a Irlanda</em><br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMITM_V2q9I/AAAAAAAAGHY/JzCNGhQMa88/s1600/Comerciantes+Vikings.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMITM_V2q9I/AAAAAAAAGHY/JzCNGhQMa88/s400/Comerciantes+Vikings.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531004406246845394" /></a><br /><br />Os progressos no desenho de suas embarcações lhes proporcionaram um novo domínio dos mares que rodeiam o noroeste da Europa, de que se valeram para o comércio. O crescimento da população levou esse povo a navegar por outros mares não apenas para praticar o comércio, mas para morar. <br /><br />Os vikings conseguiram estabelecer uma ampla rede de contatos que se estendia da região onde atualmente é o Iraque até o Canadá. Conquistaram, fundaram e colonizaram povoados, revitalizando, em plena Idade Média, o comércio marítimo Europeu, ainda que temporariamente, com rotas através dos mares Báltico e do Norte, além de rios como o Ródano, Reno, Sena, Tamisa e Volga.<br /><br />A expansão árabe havia interrompido o comércio mediterrâneo da Europa Meridional no século VII, convertendo a Europa Norte-ocidental em uma unidade comercial independente. Isso deixou os escandinavos, anteriormente isolados do comércio europeu, em boa posição para realizar negócios com os francos, com os árabes através dos rios russos e, pelo Mar Negro, com Bizâncio.<br /><br />Compravam bens e materiais, como prata, seda, especiarias, vinho, Âmbar, jóias, metais, vidro e cerâmica. Vendiam itens como mel, estanho, trigo, lã, madeira, ferro, peles, couro, bacalhau e marfim de morsa. <br /><br />No Norte, os centros comerciais mais importantes eram Ribe, Kaupang, Birka, Ahu, Truso, Grop Strömkendorf e Hedeby. As mercadorias eram levadas para esses centros e, em seguida, dispersas na sociedade Viking. <br /><br />Enquanto os Vikings da Noruega e Dinamarca estavam lutando por novas terras no Oeste e Sudoeste, os Vikings da atual Suécia dirigiam-se para leste e para sudeste. <br /><br />Os suecos iniciaram sua expansão em direção ao Leste e navegaram por lagos e rios russos até chegar aos mares Cáspio e Negro, o que lhes permitiu entrar em contato com o império bizantino e com os povos islâmicos da Pérsia. <br /><br />Muitos deles voltavam ricos de suas expedições. Tamanho era seu percentual de comércio que haviam na Suécia mais moedas inglesas que na própria Inglaterra e 90% de todas as moedas de Bagdá encontradas na Europa estavam na Suécia. Havia um intenso comércio com os finlandeses e estados bálticos. <br /><br />Suas embarcações, de pequeno calado, tinham grande mobilidade, e isso lhes permitia seguir sem problemas os cursos dos rios. Suas expedições tiveram caráter mais comercial do que guerreiro e foram responsáveis pelo início das atividades econômicas nas bacias dos rios Dnieper e Volga.<br /><br />A organização política dos eslavos orientais era ainda de caráter tribal quando os vikings começaram a navegar e comerciar pelos rios russos, no século IX. As dissensões internas eram tão virulentas que permitiram a instauração de uma aristocracia escandinava sobre os povos eslavos, o que facilitou a escolha de um príncipe viking como líder que fosse capaz de uni-los: Rurik, chefe escandinavo que em 862 converteu-se em governador de Novgorod.<br /><br />Da fusão de suecos e eslavos surgiram os primeiros principados russos, entre os quais se destacou, já no século 9, o de Kiev. O comércio dos vikings também provocou, no leste da Europa, o surgimento do ducado da Polônia e do reino da Hungria.<br /><br />Os vikings criaram uma das mais promissores teias comerciais da Europa Oriental, com rotas ligando o Mar do Norte tanto a Bizâncio quanto ao Mar Cáspio e às caravanas vindas de Bagdá. Centro de todo esse movimento, Kiev tornou-se uma das cidades mais ricas da Europa.<br /><br />O principado de Kiev chegou à fronteira setentrional do Império bizantino, com o qual estabeleceu um acordo comercial em 911. Enquanto que antigas rotas comerciais entre Oriente e Ocidente através do Mediterrâneo, estavam fechadas ou inseguras, os vikings mantiveram a rota de comércio entre Bizâncio e o Ocidente aberta por meio de Kiev. <br /><br />O principado de Kiev prosperou controlando as rotas de comércio baseadas entre os rios que ligavam os mares Báltico e Negro. Peles, escravos, ceras, mel e produtos da floresta (madeira) eram levados através do Mar Negro para Constantinopla, onde eram trocados por sedas, especiarias e ouro. Esta prosperidade perduraria pelos próximos trezentos anos.<br /><br /><strong>Fontes:</strong> História do Mundo / Hidromelvalkiria.com / Revista Aventuras na História / Archaeology.about.com / Centro Cultural Banco do Brasil / Correio Gourmand / Ucrania1.hpg.ig.com / Revista Super InteressanteValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-7953159318394623582010-09-23T16:24:00.000-07:002010-10-26T06:41:18.354-07:00Armas e navios vikings<em>Com seus barcos velozes, bem armados e protegidos com armaduras, os vikings faziam ataques rápidos e inesperados</em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJviEeHpJsI/AAAAAAAAGCo/9__Kt9nocRE/s1600/L%C3%A2minas+de+ferro+de+espadas+viking.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5520254334705149634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 380px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJviEeHpJsI/AAAAAAAAGCo/9__Kt9nocRE/s400/L%C3%A2minas+de+ferro+de+espadas+viking.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Lâminas de ferro de espadas vikings.</span></center></em><br />Os homens do norte estavam bem armados e protegidos com armaduras. Embora uma variedade de armas fosse usada, incluindo arcos, lanças e dardos, normalmente os vikings portavam machados resistentes que podiam ser arremessados ou brandidos com força. A espada longa viking também era comum e tinha quase o comprimento do braço de um homem.<br /><br />Como armadura, os vikings usavam camisas de couro acolchoadas, às vezes protegidas por um peitoral de ferro. Os vikings mais ricos podiam usar cotas de malha de ferro. Eles também usavam capacetes de ferro. Alguns eram feitos de uma peça sólida martelada no formato de uma tigela ou cone. Outras eram feitas de peças separadas rebitadas a uma faixa de cabeça de ferro e nas junções ou usava-se couro para conectar as peças. Uma peça de ferro ou couro para proteção do nariz se estendia para baixo para proteger a face - em alguns casos era construída uma proteção facial mais elaborada ao redor dos olhos. Extensões para proteção das bochechas não eram incomuns. Os escudos dos vikings eram feitos de madeira, também freqüentemente fronteados com peças de ferro.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJvip-8FTyI/AAAAAAAAGCw/6RIvlGaU5AY/s1600/R%C3%A9plica+de+capacete+viking.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5520254979170193186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 262px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJvip-8FTyI/AAAAAAAAGCw/6RIvlGaU5AY/s400/R%C3%A9plica+de+capacete+viking.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Réplica de capacete viking.</span></center></em><br />É provavel que os vikings não tenham usado o tão conhecido capacete com chifres. Tal invenção não era prática em batalhas, pois o peso excessivo era mal distribuído e não oferecia real proteção. Arqueólogos encontraram tais capacetes em colonizações escandinavas e, na falta de tecnologia que permitisse datar objetos com precisão, admitiram que tivessem pertencido aos vikings. Mas esses capacetes podem ter sido usados por chefes de tribos na era pré-viking. A imagem do viking com um capacete com chifres foi consolidada devido ao uso em óperas, o preeminente espetáculo de cultura popular nos séculos 17 e 18.<br /><br />Juntamente com suas armas, os vikings se tornaram famosos por seus barcos. O barco longo com o qual eles são normalmente associados, não foi o único tipo de embarcação que os escandinavos construíram. Eles fizeram navios mercantes e embarcações de carga também. Entretanto, todos os seus desenhos têm várias características comuns:<br /><br /><strong>.</strong> Construção com madeira rebitada;<br /><strong>.</strong> Quilha (a peça de madeira na parte inferior de um barco que ajuda a impedir que ele vire);<br /><strong>.</strong> Mastro único com uma vela quadrada de lã;<br /><strong>.</strong> Casco de duas faces (a proa e a popa tinham o mesmo formato, assim o navio podia se mover em ambos os sentidos sem fazer a curva);<br /><strong>.</strong> Timão lateral.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJvjaGxiXQI/AAAAAAAAGC4/UuGqnvPjE1Q/s1600/Os+navios+de+guerra+vikings+geralmente+ostentavam+medonhas+esculturas+de+drag%C3%A3o+na+proa+e+na+popa.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5520255805907164418" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 304px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TJvjaGxiXQI/AAAAAAAAGC4/UuGqnvPjE1Q/s400/Os+navios+de+guerra+vikings+geralmente+ostentavam+medonhas+esculturas+de+drag%C3%A3o+na+proa+e+na+popa.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Os navios de guerra vikings geralmente </span></center><center><span style="font-size:85%;">ostentavam medonhas esculturas</span></center><center><span style="font-size:85%;"> de dragão na proa e na popa.</span></center></em><br />Os cascos eram recobertos com pele de animal alcatroada, o que permitia vedação contra a água. No total, um típico navio de longo curso de 21 metros teria exigido 11 árvores para ser construído, cada uma com um metro de diâmetro, além de mais uma árvore para fazer a quilha. <br /><br />Os navios de guerra eram mais estreitos e tinham mais remos para aumentar a velocidade. Os remadores não tinham assentos especiais - simplesmente sentavam nas vigas mestras que formavam o vigamento interno do barco ou em baús que continham seus pertences. Os furos para os remos podiam ser cobertos de discos de madeira e os navios de guerra tinham suportes onde os escudos vikings podiam ser enfileirados, proporcionando proteção adicional contra ataques.<br /><br />A vela quadrada viking podia ter até 100 m2 de lã de espessura dupla, geralmente tingida de vermelho ou com listras vermelhas para impor medo em seus inimigos. Os vikings também usavam âncoras de metal e dispositivos de navegação primitivos.<br /><br /><strong>.:: <a href="http://pessoas.hsw.uol.com.br">How Stuff Works</a></strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/11/barco-viking-nao-e-diversao.html">► Barco viking não<br /> é diversão</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2010/10/o-comercio-viking-na-europa.html">► O Comércio Viking<br /> na Europa</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/12/expansao-viking.html">► A Expansão Viking</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-33914362495804170172010-08-31T14:25:00.001-07:002010-09-23T18:59:04.890-07:00A Guarda Varegue<em>A <strong>guarda varegue</strong> era um grupo de guerreiros vikings encarregados de fazer a guarda pessoal do imperador de Bizâncio</em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH1zta5znNI/AAAAAAAAF6w/b7iavujp0PM/s1600/Representa%C3%A7%C3%A3o+de+um+Guarda+Varegue.+(1000-1050).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511688743124442322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 317px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH1zta5znNI/AAAAAAAAF6w/b7iavujp0PM/s400/Representa%C3%A7%C3%A3o+de+um+Guarda+Varegue.+(1000-1050).jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Representação de um Guarda Varegue. (1000-1050).</span></center></em><br />Com seus longos machados e fidelidade total ao monarca de Bizâncio, esta tropa de elite foi a melhor expressão do uso de mercenários pelo império do Oriente.<br /><br /><strong>Criação da Guarda</strong><br /><br />Em 988, Basílio II pediu assistência militar de Vladimir I de Kiev para ajudar a defender o seu trono. Em conformidade com o tratado feito por seu pai após o Cerco de Dorostolon (971), Vladimir enviou 6.000 homens para Basílio II. Em troca, a Vladimir foi dada em casamento a irmã de Basílio, Anna. Vladimir também concordou em se converter ao cristianismo e trazer o seu povo a fé cristã.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH10qy1Tw1I/AAAAAAAAF64/Xdbu1PU-nvM/s1600/Soldados+na+pris%C3%A3o+de+Cristo,+representados+como+Guardas+Varegues+em+trajes+cerimoniais..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511689797520048978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH10qy1Tw1I/AAAAAAAAF64/Xdbu1PU-nvM/s400/Soldados+na+pris%C3%A3o+de+Cristo,+representados+como+Guardas+Varegues+em+trajes+cerimoniais..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Soldados na prisão de Cristo, representados como </span></center><center><span style="font-size:85%;">Guardas Varegues em trajes cerimoniais.</span></center></em><br />Basílio II, com grande desconfiança de seus guardas bizantinos, cuja lealdade, muitas vezes resultava em consequências mortais, bem como a fidelidade comprovada do Varegues, levou-o a utilizá-los como sua guarda pessoal. Essa nova força se tornou conhecida como a Guarda Varegue. Em 989 estes Varegues, liderados pelo próprio Basílio II, desembarcaram em Crisópolis para derrotar o general rebelde Bardas Phokas. Phokas morreu no campo de batalha. Após a morte de seu líder, as tropas de Phokas fugiram. A brutalidade dos Varegues foi observada quando perseguiam o exército em fuga "alegremente cortado em pedaços."<br /><br />Estes homens formaram o núcleo da Guarda Varegue. Lutaram no sul da Itália, no século XI, contra normandos e lombardos que trabalhavam para extinguir autoridade bizantina lá. Em 1018, foram enviados por Basílio II para a Itália para reforçar as tropas de Basil Boioannes, que enfrentava uma revolta Lombarda em Bari. Um destacamento foi enviado e na Batalha de Canas, os Bizantinos conseguiram uma vitória decisiva.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH11naH1lwI/AAAAAAAAF7A/AkFOUcyMNF8/s1600/O+centuri%C3%A3o+na+Crucifica%C3%A7%C3%A3o+de+Cristo,+apresentado+como+um+oficial+da+Guarda+Varangian..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511690838858897154" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 249px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH11naH1lwI/AAAAAAAAF7A/AkFOUcyMNF8/s400/O+centuri%C3%A3o+na+Crucifica%C3%A7%C3%A3o+de+Cristo,+apresentado+como+um+oficial+da+Guarda+Varangian..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">O centurião na Crucificação de </span></center><center><span style="font-size:85%;">Cristo,</span><span style="font-size:85%;"> apresentado </span><span style="font-size:85%;">como um </span></center><center><span style="font-size:85%;">oficial da Guarda Varegue.</span></center></em><br />Os Varegues também participaram da reconquista parcial da Sicília em 1038. Um proeminente membro da Guarda neste momento foi Harald Hardrada, mais tarde rei da Noruega. Harald Hardrada, o último grande rei viking, serviu durante dez anos nesta guarda antes de assumir a coroa e invadir a Inglaterra em 1066.<br /><br />Em 16 de março de 1041 uma força Varegue estacionada em Bari foi chamada para lutar contra os normandos perto Venosa e muitos se afogaram no recuo posterior em todo o Ofanto. Em setembro, Exaugustus Boioannes foi enviado para a Itália com apenas um pequeno contingente Varegue para enfrentar os normandos. Em 03 setembro de 1041 eles foram derrotados em batalha pelos normandos.<br /><br />Na desastrosa batalha de Manzikert em 1071, praticamente todos os guardas do imperador cairam em torno dele.<br /><br /><strong>Referências</strong><br /><br />Fontes gregas, por vezes, referem-se a Guarda como "bárbaros de machado", ou aqueles que "balançam suas espadas de seu ombro direito". (Ibid., p.180)<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH13yvwiWFI/AAAAAAAAF7Q/wMEWs7nnXZM/s1600/A+Guarda+Varegue%3B+Ilumina%C3%A7%C3%A3o+da+cr%C3%B4nica+de+John+Skylitzes+do+s%C3%A9culo+11..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511693232668563538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 265px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TH13yvwiWFI/AAAAAAAAF7Q/wMEWs7nnXZM/s400/A+Guarda+Varegue%3B+Ilumina%C3%A7%C3%A3o+da+cr%C3%B4nica+de+John+Skylitzes+do+s%C3%A9culo+11..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">A Guarda Varegue; Iluminação da crônica de John Skylitzes do século 11.</span></center></em><br />Em uma iluminação da crônica do século 11 de John Skylitzes, soldados com machado representam a Guarda Varegue.<br /><br />A Guarda Varegue só foi usada em batalha durante momentos críticos, ou onde a batalha foi mais feroz. Cronistas da época bizantina notam com uma mistura de terror e fascínio que o "escandinavos eram assustadoras, tanto na aparência como nos equipamentos, eles atacavam com raiva imprudente e nem se preocupavam com a perda de sangue, nem com as suas feridas ". <br /><br />John Marsden disse: "Provavelmente, o aspecto mais extraordinário da Guarda Varegue é o fato da proteção pessoal do Basileus, que foi realizada a ser o único legítimo soberano do mundo cristão" e representado como "a contraparte terrestre e vice-regente do Cristo Pantokrator ', os homens das remotas terras do Norte cujas duas características mais conhecidas eram seus poderosos machados de guerra e seu apetite notório para o álcool." (John Marsden, "Harald Hardrada:" A Warrior's Way, Sutton, 2007)<br /><br /><strong>Novos membros</strong><br /><br />Ao longo dos anos, novos recrutas da Suécia, Dinamarca e Noruega mantinham um elenco predominantemente escandinavo para a organização até o final do século 11. Depois a guarda começou a ver a maior inclusão dos anglo-saxões, após a invasão bem-sucedida da Inglaterra pelos normandos. Em 1088 um grande número de anglo-saxões e dinamarqueses emigraram para o Império Bizantino por meio do Mediterrâneo. <br /><br />Eles foram destaque na defesa de Constantinopla durante a Quarta Cruzada. <br /><br />Algumas menções de um remanescente da Guarda Varegue podem ser encontradas nos registros históricos até tão tarde quanto 1453, mas não era mais a força de combate de poderosos guerreiros vikings de antes.<br /><br /><strong>Fontes:</strong> Wikipédia / www.archeurope.com / Aventuras da História<br /><strong>Tradução e Edição:</strong> Valter PittaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-13724076900662538692010-07-06T11:29:00.000-07:002010-08-31T17:00:45.778-07:00Haroldo II x Harald Hardrada<em>Em 1066, a disputa pelo trono da Inglaterra encerrou a dinastia anglo-saxônica na ilha, pôs fim à era viking e levou os normandos ao poder</em><br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TDNy-QeTPRI/AAAAAAAAFk8/r-LPYI-d-YE/s1600/Batalha+de+Stamford+Bridge.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490858784594279698" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 244px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TDNy-QeTPRI/AAAAAAAAFk8/r-LPYI-d-YE/s400/Batalha+de+Stamford+Bridge.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Representação da Batalha de Stamford Bridge.</span></center></em><br />Em todos os reinados, as sucessões ao trono sempre foram terreno fértil para complôs e disputas declaradas. Era o momento em que velhos ressentimentos afloravam entre aqueles que se viam como legítimos herdeiros da coroa. Pouquíssimos reis subiram ao trono como unanimidades ou sem luta. Laços de sangue nada significavam. A Inglaterra do século 11 viveu essa rotina com toques ainda mais surpreendentes.<br /><br />Em 1066, um dos aspirantes ao trono não vinha sequer de uma linhagem real. Harold Godwinson era filho do conde de Wessex, a família mais poderosa da época. Ambicioso, sua proximidade com o trono se dava por um parentesco casual – sua irmã era casada com o rei Eduardo III, o Confessor – e por seu livre trânsito junto ao monarca, que não tinha herdeiros.<br /><br />O outro postulante à coroa, ainda que nobre, era um forasteiro. E bárbaro. Harald Hardrada, rei norueguês, era um calejado guerreiro viking que se considerava credor de um acordo firmado entre seu sobrinho e um soberano dinamarquês que reinara na Inglaterra durante uma “dinastia escandinava” (de 1013 a 1042). Havia ainda um terceiro concorrente, do outro lado do Canal da Mancha, que teria papel decisivo nessa disputa, o normando William (ou Guilherme, na forma latina).<br /><br /><strong>O contexto histórico</strong><br /><br />O vácuo de poder que atraía tantos pretendentes ao trono inglês era resultado do atrito entre anglo-saxões, vikings e normandos (estes, descendentes dos próprios escandinavos). Foi a partir do século 5°, com o fim do poder romano, que povos germânicos cruzaram o mar para povoar a antiga Britânia. Seriam as forças criadoras do reino da Inglaterra e de uma dinastia própria.<br /><br />Em meados do século 8°, porém, bárbaros – os vikings – passaram a invadir a ilha para pilhar e forçar o comércio. Combates entre anglo-saxões e vikings tornaram-se freqüentes. Contudo, nos séculos 9° e 10°, as incursões vikings à Europa e às Ilhas Britânicas deram origem a colônias. Tomado pelos dinamarqueses, todo o nordeste inglês ficou conhecido como Danelaw.<br /><br />No fim do século 10°, os ingleses ao sul eram obrigados a pagar uma taxa para não serem atacados, o danegeld (dinheiro dos dinamarqueses). O rei que aceitou o tributo, Ethelred II, ficou conhecido como o Despreparado e seria deposto em 1013 pelo rei da Dinamarca, Swein, com aprovação inglesa. Swein morreria em 1014 e Ethelred, exilado na Normandia, retornaria apenas para ser apeado do trono pelo filho de Swein, Canuto, em 1016.<br /><br />Foi a quebra da longa linha sucessória anglo-saxônica. Canuto, porém, soube se adaptar. Como quase todos os vikings à época, era cristão e casou-se com a viúva de Ethelred, Emma, uma princesa normanda. Nos anos seguintes, graças a suas conquistas no norte, tornou-se também rei da Noruega, sendo, então, monarca de três países. Quando morreu, em 1035, levava a alcunha de “o Grande”. Seu império, porém, ruiu. Seus dois filhos, Haroldo Pé-de-Lebre e Hardacanuto, o sucederam brevemente (de 1037 a 1042). Nesse período, a Dinamarca foi tomada pelo novo rei norueguês, Magnus, e a antiga linhagem anglo-saxônica reclamou o trono inglês. Em 1042, o filho de Ethelred e Emma, Eduardo III, o Confessor, que havia passado quase toda a vida exilado na Normandia, assumiu a coroa inglesa, retomando a antiga dinastia da ilha.<br /><br /><strong>O rei está morto</strong><br /><br />A morte de Eduardo III, em 5 de janeiro de 1066, levou o Witan, um conselho de sábios, a proclamar Harold Godwinson soberano inglês, como Haroldo II. Além do poder que sua família havia conquistado durante o reinado de Canuto, acumulando condados sob seu domínio, Haroldo era a figura mais expressiva do reino. Em 1063, junto com seu irmão Tostig, havia debelado bravamente a invasão do rei de Gales, Gruffydd.<br /><br />Mas isso não impressionava seu concorrente viking. Em 1030, com apenas 15 anos, Hardrada sobrevivera à batalha de Stiklestad, na qual seu meio-irmão, o herói nórdico Santo Olaf, morreu tentando reaver seu trono. No exílio, Hardrada lutou como soldado na Europa Oriental e foi mercenário na guarda varegue do império bizantino. Ali, sua liderança e fúria em combate lhe trariam fama e fortuna.<br /><br />Em 1045, ele retornou à Noruega, onde dividiu o trono com seu sobrinho Magnus, que morreria – convenientemente – dois anos depois. Com a morte de Eduardo III, Hardrada voltou seus olhos para o trono inglês. Ele se via como herdeiro do acordo de paz firmado décadas antes entre Hardacanuto (rei da Inglaterra entre 1040 e 1042) e Magnus, que previa, caso morressem sem filhos, que um assumiria o reino do outro.<br /><br />Em setembro de 1066, Hardrada partiu com 300 embarcações e 7,5 mil homens para tomar o trono inglês. Ele contava ainda com a ajuda de Tostig, o irmão de Haroldo II. Após desembarcar no norte da Inglaterra, o rei norueguês tomou a cidade de York, que nutria simpatia pelos nórdicos. Apesar da surpresa do ataque, Haroldo II estava preparado.<br /><br /><strong>Batalhas pelo trono</strong><br /><br />Sua guarda, os housecarls, era uma tropa altamente treinada. Cerca de 7 mil soldados marcharam de Londres para o norte, quase 400 quilômetros em quatro dias, e surpreenderam seus oponentes a leste de York, na Ponte Stamford. Ali, em 25 de setembro, lutaram ao estilo viking: descargas de flechas e lanças e, então, combate corpo a corpo, com espadas, lanças e achas.<br /><br />Apesar da ferocidade de Hardrada com seu machado de combate, ele e Tostig foram mortos e os invasores, destroçados (20 anos após essa batalha, os nórdicos encerrariam de vez suas invasões na Europa). Haroldo II, no entanto, não pôde descansar. William, o duque normando que também reclamava o trono inglês, desembarcara em 28 de setembro, no sul da Inglaterra, em Pevensey, com 12 mil soldados.<br /><br />Esse ataque era esperado por Haroldo. Segundo historiadores, Eduardo III prometera a coroa a seu primo William, caso morresse sem herdeiros. Por razões desconhecidas, em 1064, Haroldo teria viajado até a Normandia, onde fez o juramento de apoiar o duque na demanda pelo trono inglês. Para William, a coroação de Haroldo foi também uma traição a votos sagrados.<br /><br />Fatigados por uma árdua batalha e duas longas marchas, os ingleses confrontaram William, em Hastings, a 14 de outubro de 1066. Caíram frente às táticas normandas de cavalaria. Ao final do dia, Haroldo II estava morto. A lenda diz que foi alvejado no olho por uma flecha (o tipo de morte decretado a quem fazia falso juramento). No Natal de 1066, William – o Conquistador – tornava-se o primeiro rei da dinastia normanda da Inglaterra.<br /><br /><strong>Os guerreiros vikings</strong><br /><br />Os povos nórdicos do século 11 já não eram os pagãos que 200 anos antes haviam espalhado terror pela Europa. Mas histórias como a destruição do mosteiro de Lindisfarne, no nordeste da Inglaterra, em 793, quando noruegueses mataram os monges e pilharam o local, ainda ecoavam em várias regiões. A palavra escandinava que designava esses guerreiros, viking (pirata), explicava sua razão de ser.<br /><br />A partir do século 8°, após constantes batalhas em suas terras de origem (Dinamarca, Noruega e Suécia), eles buscaram territórios e rotas de comércio. Seus conhecimentos de navegação e seus barcos longos de quilha profunda possibilitaram navegar em mar aberto e rios. Assim saquearam e colonizaram partes das Ilhas Britânicas e da França (onde eram chamados de normanni, homens do norte), dando origem à Normandia.<br /><br />Foram também à Islândia e à Groenlândia, cruzaram o Atlântico, chegando à América. Aventuraram-se pelo Mediterrâneo e Mar Báltico. Na Europa Oriental, tomaram Kiev, onde foram chamados de rus (daí, russo), descendo pelos rios até ter contato com o império bizantino. Com as colonizações, os vikings converteram-se ao Cristianismo e sua sanha exploradora arrefeceu. No fim do século 11, seu período de grandes invasões terminara.<br /><br /><strong>Haroldo II (1022-1066)</strong><br /><br /><u>Quem foi:</u> Cunhado do rei Eduardo III e eminência parda em seu reinado. Com a morte deste, o conselho dos sábios o coroou como Haroldo II.<br /><u>Contingente na Ponte Stamford:</u> 7 mil homens.<br /><u>Baixas:</u> cerca de 2 mil mortos.<br /><u>Que fim levou:</u> Foi morto semanas depois pelo normando William.<br /><br /><strong>Harald Hardrada (1015-1066)</strong><br /><br /><u>Quem foi:</u> Rei da Noruega. Considerava-se herdeiro de escandinavos que reinaram na Inglaterra no período de 1013 a 1042.<br /><u>Contingente na Ponte Stamford:</u> 7 500 homens.<br /><u>Baixas:</u> cerca de 7 mil mortos.<br /><u>Que fim levou:</u> Sua morte foi o fim da era viking. Seu filho, Olaf Kyrri, sucedeu-o por mais de 25 anos.<br /><br /><strong>.:: Aventuras na História</strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/batalha-de-stamford-bridge.html">► Batalha de Stamford Bridge</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/11/batalha-de-hastings.html">► Batalha de Hastings</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-91191166049514877532010-04-26T09:38:00.001-07:002010-07-06T11:49:58.246-07:00Beowulf, o livro perdido<em>Poema heróico anglo-saxão, que quase foi destruído em um incêndio, retrata como era a vida do povo nórdico da época e mostra de onde vinha a coragem dos guerreiros no campo de batalha</em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XCjPBMrUI/AAAAAAAAE08/-V7zmLdSPIk/s1600/Imagem+1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464487633466731842" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 290px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XCjPBMrUI/AAAAAAAAE08/-V7zmLdSPIk/s400/Imagem+1.jpg" border="0" /></a><br /><br />A chamada Era Viking, marcada pela expansão dos povos nórdicos pelo mar, sobretudo para as Ilhas Britânicas, começou no século VIII, quando navegadores escandinavos passaram a sair de suas terras com mais freqüência para buscar tesouros, riquezas e praticar pilhagens. Porém, a coragem e a inspiração desses bravos conquistadores são mais antigas e sua origem pode remontar aos tempos antes na própria Escandinávia. O poema heróico anglo-saxão Beowulf, provavelmente compilado por volta do ano 1.000, mas composto nos séculos anteriores, é uma boa referência para entender o povo da região na Idade Média. Embora tenha sido escrito com uma conotação cristã - nota-se isso pelas referências ao deus do cristianismo na obra - é possível identificar no texto as motivações heróicas de seus personagens, típicas dos guerreiros da época que entravam em guerra em busca de aventuras e glória.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XENgiu6FI/AAAAAAAAE1E/ydO2wNKZIvM/s1600/Imagem+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464489459236923474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 243px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XENgiu6FI/AAAAAAAAE1E/ydO2wNKZIvM/s400/Imagem+2.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Trecho do manuscrito de Beowulf, </span></center><center><span style="font-size:85%;">encontrado em um mosteiro inglês.</span></center></em><br />O poema, que quase foi destruído em um incêndio, é considerado o primeiro texto da literatura anglo-saxã, ainda escrito no chamado Old English (o inglês arcaico). Desde sua descoberta, o livro tem inspirado pesquisadores de literatura inglesa de diversas partes do mundo. Um dos mais notórios estudiosos de Beowulf, que popularizou a obra no século passado, foi John Ronald Reuel Tolkien, autor da trilogia O Senhor dos Anéis, O Hobbit, Silmarillion e outros. Neste mês, a história do guerreiro nórdico chegará aos cinemas em uma versão do diretor Robert Zemeckis. Trata-se de uma animação feita por computador produzida pela Paramount Pictures.<br /><br />Embora Beowulf seja um texto literário, nem tudo no poema é fruto da criatividade do autor - ainda desconhecido. Boa parte da obra realmente retrata com precisão o comportamento e o pensamento dos escandinavos da Idade Média pré-cristã e pré-viking. Beowulf narra a aventura do personagem de mesmo nome, um valoroso guerreiro que viaja à região onde hoje fica a Dinamarca, com um pequeno grupo de aliados para enfrentar uma monstruosa criatura chamada Grendel. A fera estava dizimando os habitantes do reino de Hrothgar, que nada conseguia fazer para expulsá-la. Movido pela coragem e pela bravura de um legítimo nórdico, Beowulf vai rumo ao desconhecido para se confrontar com o monstro e, mais à frente, com a própria morte - sem nunca recuar nas batalhas. Segundo especialistas, o poema mostra com clareza a forma como viviam os antigos combatentes das terras da Escandinávia. Se fosse preciso, eles realmente se lançariam à morte para defender o que acreditavam ser o correto. É a chamada Teoria da Coragem do Norte.<br /><br />De acordo com Terje Spurkland, professor do Instituto de Lingüística e Estudos Nórdicos da Universidade de Oslo (Noruega), Beowulf pode ser considerado um poema heróico pré-viking, composto oralmente entre os anos 700 e 750. Segundo o historiador Elton Medeiros, mestre em história pela USP e especialista no poema anglo-saxão, o texto de Beowulf surgiu a partir da tradição oral e, posteriormente, foi compilado com outros textos: A Paixão de São Cristóvão, As Maravilhas do Oriente, A Carta de Alexandre para Aristóteles, Beowulf e Judite, os dois primeiros escritos em prosa e os demais em verso.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XE3TT9DtI/AAAAAAAAE1M/oPeigNH456k/s1600/Imagem+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464490177239781074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 350px; CURSOR: hand; HEIGHT: 273px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XE3TT9DtI/AAAAAAAAE1M/oPeigNH456k/s400/Imagem+3.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Acima, Convidados do além–mar do pintor russo Nicholas Roerich </span></center><center><span style="font-size:85%;">(1874-1947). </span><span style="font-size:85%;">A obra retrata a chegada dos vikings conhecidos no Oriente</span></center><center><span style="font-size:85%;">como</span><span style="font-size:85%;"> varegues</span><span style="font-size:85%;"> nas planícies do Volga. Os nórdicos chamados Rus fundaram </span></center><center><span style="font-size:85%;">o principado de Kiev </span><span style="font-size:85%;">e emprestaram seu nome à Rússia e à Bielo-Rússia.</span></center></em><br />Calcula-se que esse codex dos textos tenha sido feito entre os anos de 975 e 1025 (por isso a adoção do ano 1.000), portanto, pode ter sido escrito após a cristianização dos vikings. A versão que chegou até os dias atuais passou muitos anos guardado em uma igreja sem receber a devida importância. Portanto, pouco se sabe com certeza sobre a origem da tradição do herói do poema. “Nos manuscritos originais há dois textos religiosos e outro contando a saga de Alexandre, e Beowulf está perdido no meio. Outra teoria é que a compilação desse códice no qual Beowulf integra fosse, talvez, um livro contando história de aventuras de monstros, pois as narrativas religiosas também tratam de combates”, argumenta Medeiros. “Beowulf, então, é uma espécie de quimera, pois é uma compilação estranha: há uma mistura de dialetos de diversas partes da Inglaterra e ninguém tem certeza de quando essa tradição realmente surgiu, na verdade”.<br /><br />O historiador Johnni Langer, pós-doutorando pela Universidade de São Paulo (USP), coloca em dúvida a idéia de que o texto tenha sido desenvolvido inicialmente no século VIII e, depois, reunido em um único material. “Tradicionalmente, a data de composição do poema gira entre os séculos VII e VIII, primeiramente pele forma oral. Depois, com a influência da língua latina, houve a preservação do manuscrito no ano 1.000”, diz. “Porém, acredito que a obra foi composta oralmente e escrita ao mesmo tempo, no ano 1.000. O dragão das mitologias germânica e escandinava não tinha asas e era praticamente uma grande serpente, como a criatura que enfrenta Thor durante o Ragnarök. Mas Beowulf se confronta com um dragão alado que cospe fogo no fim da narrativa, e essas criaturas só surgiram por volta do ano 1.000 por causa do cristianismo, pois é uma alusão ao próprio demônio”, argumenta.<br /><br /><strong>JORNADA DO MANUSCRITO</strong><br /><br />Polêmicas à parte, importa que o poema conseguiu transcender os séculos e chegar aos leitores contemporâneos. Mas o caminho não foi fácil. No século XVI, o manuscrito passou para as mãos do antiquário Lawrence Nowell, que assinou seu nome na primeira página do épico em 1.565 - dando a impressão de que ele era o autor. Nos anos seguintes, o material foi passado para sir Robert Bruce Cotton, que o manteve em seu acervo pessoal. Porém, em 1.731, Beowulf quase foi destruído em um grande incêndio. As margens do papel e algumas palavras ficaram danificadas. Na última tradução lançada no Brasil, pela editora Tessitura, o tradutor Erick Ramalho deixou alguns poucos trechos marcados com asteriscos, pois essas passagens são indecifráveis.<br /><br />Por fim, o manuscrito foi entregue à British Library, na Inglaterra, onde permanece arquivado até hoje. Oficialmente, Beowulf se chama Cotton Vitellius A. XV. O motivo é simples: pertencia a Robert Bruce Cotton e estava arquivado na estante A, onde era o 15º livro da prateleira e ficava ao lado do busto do imperador romano Vitellius. Porém, é conhecido pelo nome do personagem principal da narrativa justamente por se desconhecer o autor.<br /><br /><br /><strong><a href=" http://povoviking.blogspot.com/2010/04/beowulf-o-livro-perdido-2-parte.html"><span style="font-size:130%;">2ª Parte --></span></a> </strong>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-66291167980291993832010-04-26T09:16:00.000-07:002010-04-26T10:17:10.607-07:00Beowulf, o livro perdido<strong>Os deuses pagãos eram apresentados ao povo<br />escandinavo como grandes guerreiros, dotados<br />de virtudes de combate, força e temeridade</strong><br /><br />É possível perceber que, embora seja um poema heróico sobre o povo escandinavo, o manuscrito sempre esteve em solo inglês onde foi escrito e possivelmente compilado. O que chama a atenção dos especialistas é o fato de Beowulf estar carregado de elementos religiosos cristãos e não pagãos. “Até o começo da década de 1930 acreditava-se que Beowulf era um texto pagão que havia sofrido algum processo de cristianização por monges ou copistas nos anos seguintes a sua conclusão. Hoje, porém, discute-se outra teoria: pode realmente ter sido um texto pagão, mas que foi transmitido pela tradição oral e, quando o manuscrito foi escrito, por volta do ano 1.000, pode ter sido desenvolvido em uma situação completamente cristã”, explica Elton Medeiros, que prepara sua própria tradução do épico. “Seria, então, um texto cristão que sofreu muitas influências pagãs”, completa.<br /><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XGUiZXP7I/AAAAAAAAE1U/UjSy5tUtEqc/s1600/Imagem+4.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464491779016834994" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 135px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9XGUiZXP7I/AAAAAAAAE1U/UjSy5tUtEqc/s400/Imagem+4.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Pedra com escritos rúnicos localizada na Suécia. </span></center><center><span style="font-size:85%;">A mensagem celebra Assur, que morreu </span></center><center><span style="font-size:85%;">em 1010 </span><span style="font-size:85%;">lutando pelo imperador bizantino </span></center><center><span style="font-size:85%;">e relata </span><span style="font-size:85%;">a morte de outros dois vikings.</span></center></em><br />Pode-se encontrar esses elementos cristãos logo no início do texto, quando o autor fala sobre a destruição causada por Grendel no palácio de Hrothgar. A passagem da obra diz que os homens punham-se a rezar pedindo proteção em templos pagãos, o que não surtiria nenhum resultado positivo - isso sugere que apenas o deus cristão poderia trazer proteção aos nórdicos sitiados pelo monstro. Sendo assim, podese supor que o próprio autor era cristão. Contudo, acredita-se que ele conviveu com a cultura e tradição escandinavas por algum tempo, por conta de seu conhecimento sobre o assunto, embora não concordasse com todos os seus ritos religiosos.<br /><br />De qualquer forma, o autor não deixou de mencionar no livro esses velhos hábitos da religião pagã, como o ato de cremação dos condenados pelo cristianismo. Para os nórdicos, queimar o corpo dos guerreiros tombados era algo natural; para os cristãos, o corpo não poderia ser destruído, pois os mortos voltariam após o Juízo Final. “Podemos considerar que as sociedades anglo-saxônica e escandinava eram muito próximas. Então, é por isso que temos essa mistura de elementos”, conta Medeiros. “É uma mescla bastante curiosa de religiões, pois o próprio Grendel é descrito no texto como sendo descendente da linhagem de Caim”.<br /><br />O historiador esclarece ainda que o deus cristão presente no texto é o do Velho Testamento, que é apresentado de forma diferente da divindade do Novo Testamento. Esse deus é heróico e podia conceder força aos heróis para que tivessem capacidade de combater e expulsar o mal. “É a idéia de que Beowulf conseguia vencer Grendel com a ajuda de Deus”, conta. Esse conceito religioso está próximo do pensamento nórdico da Idade Média, mas também tem muita relação com a Inglaterra de um período tardio anglo-saxônico.<br /><br /><strong>TEORIA DA CORAGEM DO NORTE</strong><br /><br />A principal razão pela qual os nórdicos combatiam com tanta sagacidade, mesmo em situações completamente adversas, era a inspiração vinda da própria religião pagã. Embora Beowulf tenha recebido uma alta carga de cristianização, é possível identificar essa virtude na obra. Os deuses pagãos eram apresentados ao povo escandinavo como grandes guerreiros, dotados de virtudes de combate, força e temeridade. Pela saga de Frithiof, Th or, o deus do trovão, era destemido e, caso fosse necessário, estava sempre disposto a se lançar à morte certa em campo de batalha, sem titubear: “Thor será sempre o sustentáculo/dos que não se arreceiam de qualquer obstáculo/Aquele que pode contar com a sua espada/Domina o seu destino e não teme nada”, diz a tradição.<br /><br />Este elemento está presente em toda a narrativa de Beowulf, a começar pela viagem do personagem principal à Dinamarca. Em um ato de extrema bravura, o herói cruza o mar voluntariamente para confrontar Grendel e, com isso, salvar Hrothgar e seu reino da destruição iminente. O guerreiro é retratado como o mais bravio combatente de sua comitiva, com a força de 30 homens e com a valentia semelhante à de um hoplita espartano, o que o estimulava a jamais refugar em campo de batalha. É inegável que a obra carrega essas características das divindades nórdicas do período pagão. A razão é que o povo da época era criado em uma cultura guerreira que os estimulava a ser virtuosos na guerra - a sociedade acabou sendo influenciada pela mitologia.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W9BBlyUwI/AAAAAAAAE0k/MYD7G1GNJBk/s1600/Imagem+5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464481548188406530" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 333px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W9BBlyUwI/AAAAAAAAE0k/MYD7G1GNJBk/s400/Imagem+5.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Ilustração de manuscrito do séc. XVII </span></center><center><span style="font-size:85%;">que </span><span style="font-size:85%;">conta a saga dos reis da Noruega.</span></em></center><br />Essa coragem extrema é conhecida por alguns especialistas como Teoria da Coragem do Norte, ou simplesmente Teoria da Coragem. Há, contudo, duas teses que justificariam essa bravura. A primeira é que, pela crença do povo nórdico, há um grande evento chamado Ragnarök, o crepúsculo dos deuses. Esse acontecimento levaria ao fim do mundo após uma grande guerra entre as forças do bem e do mal, envolvendo todos os deuses e heróis. Esta é uma batalha que opõe os Aesir, liderados por Odin, a um exército liderado pelo deus Loki. Ambos os lados contariam com grandes guerreiros em combate - quase todos acabariam sendo mortos no confronto.<br /><br />O destino deste conflito é trágico: Odin fere mortalmente o lobo Fenrir, filho de Loki, mas também tomba no combate; Th or consegue derrotar Jomungard, uma serpente gigante, mas acaba sendo envenenado e também morre; um dos mais valentes guerreiros dos Aesir, Heimdall, vence Loki, mas cai em seguida. Por fim, Midgard, a Terra dos mortais, é consumida pelas chamas.<br /><br />Sendo assim, a própria religião escandinava da Idade Média pré-cristã pregava a idéia de que todos os heróis teriam o mesmo destino: estavam fadados a perecer na guerra. Entretanto, isso não era suficiente para que os guerreiros evitassem as guerras. Pelo contrário: mesmo diante da morte certa os guerreiros não declinavam de sua missão, pois mesmo a derrota podia trazer glória. O autor do poema mostra um Beowulf heróico, consciente de seu destino final e, mesmo assim, ávido pelo combate. Até certo ponto é algo bastante semelhante à mitologia grega, mas com uma diferença crucial: os helenos acreditavam na glorificação pelo sacrifício, conhecida como bela morte, porém este não era um elemento necessariamente ligado à religião, mas sim à própria cultura da Antiguidade.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W9uoZ6OvI/AAAAAAAAE0s/pswVcgNQMFQ/s1600/Imagem+6.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464482331701689074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 304px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W9uoZ6OvI/AAAAAAAAE0s/pswVcgNQMFQ/s400/Imagem+6.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Representação do Ragnarok feita pelo</span></center><center><span style="font-size:85%;">ilustrador alemão Johannes Gehrts.</span></center></em><br />Johnni Langer, no entanto, não associa a Teoria da Coragem com o Ragnarök - embora continue argumentando com base na religião pagã. Para ele, a bravura dos escandinavos estava mais ligada diretamente aos cultos a Odin, e não ao grande confronto entre os deuses. Segundo ele, os guerreiros nórdicos pertenciam a uma aristocracia odinista. “A idéia máxima entre os odinistas é que o guerreiro deveria morrer em batalha para poder alcançar o Valhala, o paraíso presidido pelo deus Odin. Esse ímpeto de tombar em combate dava uma coragem a mais”, afirma.<br /><br />De acordo com essa corrente de pensamento, o Ragnarök pode ter sido um conceito criado pelos nórdicos no fim do paganismo, já sob forte influência cristã: seria, neste caso, uma espécie de Apocalipse para o povo escandinavo.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W-62ABmoI/AAAAAAAAE00/3jHzGM0QjkY/s1600/Imagem+7.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464483641021274754" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 209px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S9W-62ABmoI/AAAAAAAAE00/3jHzGM0QjkY/s400/Imagem+7.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Pintura do norueguês Peter Nicolai Arbo (1831 – 1892) </span></center><center><span style="font-size:85%;">representando </span><span style="font-size:85%;">a morte de Olav II da Noruega, mais tarde Santo Olavo, </span></center><center><span style="font-size:85%;">morto na Batalha de Stiklestad, em 1030, lutando contra o exército </span></center><center><span style="font-size:85%;">pagão </span><span style="font-size:85%;">que se opunha a sua tentativa de cristianização da Noruega.</span></center></em><br /><strong>A CHEGADA DOS VIKINGS À AMÉRICA DO NORTE</strong><br /><br />Não é à toa que o poema Beowulf representa tão bem o cotidiano do povo escandinavo da Idade Média. Os nórdicos, tanto da era pré-viking quanto da posterior, realmente tinham uma grande tendência a ser exploradores, característica que sempre os levava a desbravar novas expedições em terras além-mar. O herói da obra literária viajou uma distância relativamente pequena para confrontar-se com o desconhecido. No entanto, nos séculos seguintes, os desbravadores vikings conseguiram chegar à América do Norte e criar assentamentos antes mesmo de Cristóvão Colombo pisar nas terras do novo mundo.<br /><br />Segundo o historiador James Graham-Campbell, da University College London (Inglaterra), os navegadores nórdicos descobriram o território do continente americano por volta do ano 1.000 - época em que os textos integrantes de Beowulf provavelmente foram compilados. Eles tiveram um contato bastante expressivo com os nativos, embora não se possa dizer que eles subjugaram os índios. “Eles não conquistaram territórios por lá. Sabemos da criação de apenas um assentamento, que não durou muito tempo”, diz. Contudo, para alguns grupos de nativos, a presença nórdica nas terras americanas foi marcante, chegando inclusive a travar combates violentos, de acordo com o arqueólogo Stephen Harding, da University of Nottingham.<br /><br />Porém, a chegada dos escandinavos ao novo mundo foi um processo gradativo. O historiador Johnni Langer argumenta que, primeiramente, os vikings chegaram à Islândia. “Ocorreu uma fuga de colonos noruegueses do reinado de Harald Cabelos-Finos, pois não concordavam com sua política, e foram à Islândia, já conhecida, mas ainda não povoada e colonizada. Depois, o famoso Erik, O Vermelho, foi expulso da Islândia por ter matado muitas pessoas; levou algumas famílias e acabou colonizando a Groenlândia. Depois de um certo tempo, acabaram fundando Vinland, a famosa terra das uvas, onde formaram uma colônia que durou três anos”.Esse assentamento teria sido fundado onde hoje é o Canadá, mas alguns especialistas também defendem que pode ter se localizado nos Estados Unidos, onde haveria terras mais quentes e, desta forma, possíveis de se produzir uvas. De qualquer forma, essa pode ter sido apenas uma forma de atrair novos colonos da Escandinávia com a falsa promessa de que na terra nova era possível criar fazendas mais produtivas. “Essa terra nova teria sido colonizada pela necessidade de novas terras de colonização, pelo espírito exploratório que os escandinavos tinham no período. Esse assentamento foi abandonado por causa da hostilidade das tribos indígenas locais e pela grande distância das demais nações nórdicas”.<br /><br /><strong>.:: Leituras da História</strong><br /><br /><br /><strong><a href=" http://povoviking.blogspot.com/2010/04/beowulf-o-livro-perdido-1-parte.html"><span style="font-size:130%;"><--1ª Parte</span></a></strong>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-67163651115506165982010-04-20T18:06:00.000-07:002010-04-26T10:30:19.757-07:00Cerco de Asselt<em>O <strong>Cerco de Asselt</strong> foi um cerco feito pelos francos ao acampamento Viking em Asselt na Frísia, no ano 882.</em><br /><br /> Carlos, o Gordo, imediatamente depois de assumir o trono do Império Franco em Regensburg no início de maio, realizou uma reunião (no final daquele mesmo mês) em Worms para determinar um curso de ação contra os Vikings que estavam acampados em Asselt. Um exército composto por francos , alamanos , bávaros , Turíngios , saxões e lombardos foi montado para expulsar os vikings no norte. Os lombardos, Alemanos e Francos aproximaram-se do Reno no oeste, enquanto os bávaros foram ao longo da margem oriental e cruzaram em Andernach. Como estratégia, enviou uma força de bávaros com Arnulfo da Caríntia e francos sob Henrique de Franconia para emboscar os nórdicos desavisados. <br /><br /> Segundo o relato parcial da continuação do Mainz Fuldenses Annales, o acampamento estava prestes a cair quando Liutward de Vercelli , subornado pelos Vikings, convenceu o imperador a se reunir com enviados do Godfrid e fazer a paz. Foi concedido Kennemerland, a Godfrid que haviam sido governada por Roric. O continuação Mainz retratou o exército extremamente descontente com o seu imperador. O continuação da Baviera apenas menciona que a emboscada inicial foi frustrada por traidores e o cerco subseqüente - que durou doze dias - pela propagação da doença de cadáveres apodrecidos e uma tempestade de granizo muito grave. Conta também que Godfrid, jurou a Carlos prometendo nunca mais voltar assolar o seu reino e aceitaram o cristianismo e o batismo, no qual Carlos foi o seu padrinho. A continuação Mainz tinha uma má opinião particular de Carlos, o Gordo, porque seu patrono, Liutbert , havia sido demitido do seu cargo com a ascensão de Carlos. <br /><br />A campanha terminou, Carlos voltou para Koblenz. Sua reputação como um governante fraco e inepto deriva em grande parte desta campanha, apesar de os contemporâneos, em geral, não a vissem como uma falha. Só o clérigo de Mainz Liutbert, juntando-se aos anais de Fulda tinham essa impressão.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> Wikipédia<br /><strong>Tradução e Edição:</strong> Valter PittaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-56978610181869135292010-04-09T15:56:00.000-07:002010-04-21T11:11:07.178-07:00Batalha de Fyrisvellir<em>A <strong>Batalha de Fyrisvellir</strong> foi uma batalha pelo trono da Suécia, que foi travada no 980 sobre a planície chamada Fyrisvellir, onde situa-se atualmente Uppsala, Entre Eric, o Vitorioso e seu sobrinho Styrbjörn o Forte. </em><br /><br />É mencionada em inúmeras fontes medievais, como Eyrbyggja saga, saga Knýtlinga, saga Hervarar e Saxo Grammaticus 'Gesta Danorum (Livro 10), mas a descrição mais detalhada é encontrada na curta história Styrbjarnar þáttr Svíakappa.<br /><br /><strong>Antecedentes</strong><br /><br />Styrbjörn tornou-se o rei mas queria acumular uma força ainda maior, a fim de levar a coroa da Suécia, que Thing negou-lhe sobre a morte de seu pai, a morte de envenenamento de que ele suspeitava o tio Eric.<br /><br />Styrbjörn saqueou em toda parte no recém-criado reino da Dinamarca, até que o seu rei Harald pediu uma solução. Harald deu sua filha Tyra como esposa a Styrbjörn e ele foi embora, mas voltou para a Dinamarca.<br /><br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S7-xtTzYYeI/AAAAAAAAEns/jwzJClf8l2o/s1600/Marinheiros+dinamarqu%C3%AAs,+pintado+em+meados+do+s%C3%A9culo+XII..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458276665364341218" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 222px; CURSOR: hand; HEIGHT: 337px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S7-xtTzYYeI/AAAAAAAAEns/jwzJClf8l2o/s400/Marinheiros+dinamarqu%C3%AAs,+pintado+em+meados+do+s%C3%A9culo+XII..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Marinheiros dinamarquês, quadro </span></center><center><span style="font-size:85%;">pintado </span><span style="font-size:85%;">em meados do século XII.</span></center></em><br />Ele obrigou os dinamarqueses a dar-lhe 200 navios e marinheiros, levando com ele, o próprio rei. Ele, então, partiu para a Suécia com a sua armada de navios.<br /><br /><strong>Batalha</strong><br /><br />Quando Eric soube que os navios tinha entrado em Mälaren, ele enviou Fiery Cross em todas as direções e acumulou o juntou seus homens em Uppsala. Þorgnýr o Lagman, um homem muito sábio, aconselhou Eric a colocar estacas para impedir a passagem dos navios para Uppsala. Quando Styrbjörn chegou com os seus navios e viu que não poderia navegar mais, jurou nunca deixar a Suécia, vencendo ou morrendo. A fim de incentivar os seus homens para lutar até a morte, ele incendiou os navios. O Rei Harald, no entanto, não quis participar junto com seus marinheiros desta batalha.<br /><br />Styrbjörn engoliu seu orgulho por esta traição e marchou em direção Uppsala com seus homens. Quando os suecos ameaçaram parar seu avanço na floresta, Styrbjörn ameaçou iniciar um incêndio na floresta, convencendo os suecos a deixar Styrbjörn e seus homens passam pela floresta sem danos. Þorgnýr disse ao rei Eric para amarrar o gado e aproveitá-los com lanças e espadas. Quando o inimigo se aproximou do Fyrisvellir, os escravos levaram o rebanho em direção das tropas inimigas, causando estragos em suas fileiras. No entanto, Styrbjörn reorganizou suas fileiras. A luta durou todo o dia e à noite houve um impasse. No dia seguinte, também terminou em empate, apesar do Rei Eric receber grandes reforços.<br /><br />Durante a noite, Styrbjörn fez sacrifícios a Thor, mas o deus-barbudo vermelho mostrou-se irritado e previu uma grande derrota. Eric, por outro lado, foi para o Templo de Uppsala e sacrificou a Odin. Um homem alto, com um manto azul e um chapéu de abas largas mostrou-se a Eric. Odin, que deu a Eric uma bengala e disse-lhe para jogá-la sobre os inimigos e dizer "eu darei tudo de mim para Odin".<br /><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S7-yoh8tN0I/AAAAAAAAEn0/OppWr1XgxQA/s1600/Depois+da+batalha+de+Fyrisvellir,+por+M%C3%A5rten+Eskil+Winge+(1888)..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458277682773833538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 196px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S7-yoh8tN0I/AAAAAAAAEn0/OppWr1XgxQA/s400/Depois+da+batalha+de+Fyrisvellir,+por+M%C3%A5rten+Eskil+Winge+(1888)..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Depois da batalha de Fyrisvellir, por Mårten Eskil Winge (1888).</span></center></em><br />No terceiro dia, Eric obedeceu ao comando de Odin e uma chuva de flechas caiu sobre as tropas de Styrbjörn, uma saraivada de que os homens chamaram "Setas de Odin". Quando Styrbjörn entendeu que tudo havia acabado, ele gritou a seus homens para defender e lutar, meteu a bandeira no solo e correu para o exército sueco com o seus melhores guerreiros. Depois de poucos dias seus homens fugiram.<br /><br /><strong>Conseqüências</strong><br /><br />Após a vitória, o Rei Eric prometeu uma grande recompensa a quem pudesse compor um poema sobre a vitória. Entre suas fileiras foi um islandês chamado skald, imediatamente compôs um poema sobre a vitória, o rei o recompensou com uma pulseira de ouro. <br /><br />Com resultado desta batalha, o rei Eric ficou conhecido como "o vitorioso". <br /><br /><strong>Fonte:</strong> Wikipédia<br /><strong>Tradução e Edição:</strong> Valter PittaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-2740683565380282222010-04-09T15:54:00.000-07:002010-04-09T15:55:47.264-07:00Batalha de Leuven<em>A <strong>Batalha de Leuven</strong> foi travada em setembro de 891 entre os francos e os Vikings, terminando com as invasões Vikings nos países baixos.</em><br /><br /> A existência desta batalha é conhecido devido à Fuldenses Annales.<br /><br /><strong>A batalha</strong><br /><br />A força dos francos foi liderada por Arnulfo da Caríntia. Os francos repeliram o ataque Viking e é relatado que os corpos dos mortos bloqueou a correnteza do rio Northmen (ita ut cadaveribus interceptum alveum appareret siccum torrente). <br /><br /> Depois do sucesso, Arnulf construiu um castelo em uma pequena ilha no rio Dijle. <br /><br /> O Fuldenses Annales, a fonte que menciona esta batalha é a primeira fonte que cita a cidade de Leuven (francês: Louvain), que era na época chamado Loven. <br /><br /> A batalha também é mencionado nas Crônicas Anglo-Saxon. <br /><br /><strong>Fonte:</strong> WikipédiaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-84333709061077935322010-03-26T06:21:00.000-07:002010-04-10T19:25:32.632-07:00Igor de Kiev<em><strong>Igor</strong> (Nórdico antigo: Ingvar) sucessor de Oleg de Novgorod foi um Príncipe varegue dos Rus de Kiev de 912 a 945. </em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y1PU9ICAI/AAAAAAAAEes/j7rLrnxN7zE/s1600/igor924.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452932523766581250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 216px; CURSOR: hand; HEIGHT: 216px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y1PU9ICAI/AAAAAAAAEes/j7rLrnxN7zE/s400/igor924.jpg" border="0" /></a><br /><br />Pouco se sabe sobre ele na Primeira Crônica. Especula-se que as crônicas não discorreram muito sobre este reinado devido ao fato da região estar sob controle da Khazaria neste período.<br /><br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y12IrMmXI/AAAAAAAAEe0/GoU6efR8Pek/s1600/Igor+de+Kiev,+primeiro+da+direita.+Illumination+from+the+Radziwi%C5%82%C5%82+Chronicle+Ilumina%C3%A7%C3%A3o+da+Cr%C3%B4nica+Radziwi%C5%82%C5%82.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452933190485055858" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 112px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y12IrMmXI/AAAAAAAAEe0/GoU6efR8Pek/s400/Igor+de+Kiev,+primeiro+da+direita.+Illumination+from+the+Radziwi%C5%82%C5%82+Chronicle+Ilumina%C3%A7%C3%A3o+da+Cr%C3%B4nica+Radziwi%C5%82%C5%82.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Igor de Kiev, primeiro da direita. </span></center><center><span style="font-size:85%;">Iluminação da Crônica Radziwiłł.</span></center></em><br />Igor sitiou duas vezes Constantinopla, em 941 e 944, e, com o fato de sua esquadra ter sido destruída pelo fogo grego, firmou um tratado com o imperador (o texto pode ser encontrado na crônica). Em 913 e 944, os Rus saquearam os árabes no Mar Cáspio, durante expedições nesta localidade, mas não está claro se Igor estava a frente dessas expedições.<br /><br />Revisando a cronologia da Primeira Crônica, Constantine Zuckerman afirma que Igor reinara por apenas três anos, entre o verão de 941 até a sua morte em 945. Ele explica as poucas informações sobre o reinado na crônica pela dificuldade do autor em interpretar as fontes bizantinas. Nada se relata sobre as atividades de Igor na crônica antes de 941.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y2vfeIy_I/AAAAAAAAEe8/M-0QVK2c3f8/s1600/Prince+Igor+severo+tributo+a+partir+do+Drevilianos,+por+Klavdiy+Lebedev+(1852-1916)..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452934175856839666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 296px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y2vfeIy_I/AAAAAAAAEe8/M-0QVK2c3f8/s400/Prince+Igor+severo+tributo+a+partir+do+Drevilianos,+por+Klavdiy+Lebedev+(1852-1916)..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Igor coletando tributos dos drevlianos, </span></center><center><span style="font-size:85%;">por Klavdiy Lebedev (1852-1916).</span></center></em><br />Igor é morto ao fazer coleta de tributos dos drevlianos em 945, sendo posteriormente vingado por sua esposa Olga.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y3qT7oGcI/AAAAAAAAEfE/bKhJUr_if5k/s1600/Barco+funer%C3%A1rio+de+Igor,+o+Velho%3B+por+Henryk+Siemiradzki+(1843%E2%80%931902)..jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452935186371582402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 177px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S6y3qT7oGcI/AAAAAAAAEfE/bKhJUr_if5k/s400/Barco+funer%C3%A1rio+de+Igor,+o+Velho%3B+por+Henryk+Siemiradzki+(1843%E2%80%931902)..jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Barco funerário de Igor, </span></center><center><span style="font-size:85%;">por Henryk Siemiradzki (1843–1902).</span></center></em><br />A Primeira Crônica associa sua morte à excessiva ganância que tinha, indicando que tentava coletar tributos pela segunda vez em um único mês. Como resultado, Olga modifica o sistema de coleta de tributos (poliudie) no que pode ser considerado como a primeira reforma jurídica registrado na Europa Oriental.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> Wikipédia<br /><strong>Tradução e Edição:</strong> Valter PittaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-9385962167693923422010-03-05T06:38:00.001-08:002010-10-26T06:45:41.312-07:00Vikings em ataque<div align="left">O dia 8 de junho de 793 era um dia tranqüilo na ilha de Lindisfarne, costa leste da Inglaterra. Ali, desde o século 6, o mosteiro de mesmo nome abrigava grandes preciosidades inglesas, entre livros, relíquias e doações. Naquela manhã, os monges foram saudar os estranhos que tinham acabado de chegar à praia. Começava a primeira invasão viking da qual se tem notícia. “Eles eram como vespas. Espalharam-se como lobos esfaimados, roubando, destruindo e matando”, escreveu um sobrevivente.<br /><br /><br /></div><p align="left"></p><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S5EXoAR2p4I/AAAAAAAAEQk/xt4DJnj4YvE/s1600-h/ataque_viking.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445159400504731522" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 294px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S5EXoAR2p4I/AAAAAAAAEQk/xt4DJnj4YvE/s400/ataque_viking.jpg" border="0" /></a><br /><br />O termo “viking”, em nórdico antigo, significa “pirata” ou “bandoleiro”: para jovens escandinavos dos séculos 8 ao 11, pilhar era uma atividade sazonal, de verão, uma maneira de ganhar um extra. Com a criação de barcos que navegavam tanto em mar aberto como em rios, os vikings chegaram a Paris, em 845, navegando pelo rio Sena. Fundaram colônias na Rússia, Irlanda, França, Escócia, Inglaterra, Islândia e Groenlândia. No século 13, estiveram até na América, fundando vilas no atual Canadá.<br /><br /><strong>Fúria de verão</strong><br /><em>A colônia de férias dos escandinavos</em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMbayN5LOwI/AAAAAAAAGHg/9e85O6nI_Wg/s1600/Vikings%2520-%2520H%2520DO%2520MUNDO.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 373px; height: 285px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMbayN5LOwI/AAAAAAAAGHg/9e85O6nI_Wg/s400/Vikings%2520-%2520H%2520DO%2520MUNDO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532349748529019650" /></a><br /><br /><u>SEM CONTROLE</u><br />Exemplos do guerreiro medieval sem autocontrole, os “berserkers” eram os piores inimigos numa batalha. Devotos de Odin, deus da fúria, atacavam tudo e todos – às vezes até os seus aliados. Confiando terem “corpo fechado”, brigavam urrando e sem proteção.<br /><br /><u>OS COMANDANTES</u><br />A força viking mais confiável era a dos guerreiros profissionais. Além de ordenar o ataque, eles tinham as melhores armas. Protegiam-se com os melhores capacetes e com uma camisa feita de argolas de metal, a cota de malha, em vez das jaquetas de couro dos soldados comuns.<br /><br /><u>O NAVIO DRAGÃO</u><br />O temido “drakkar” era construído a partir de toras de carvalho. Com 28 metros de comprimento e capacidade para 32 tripulantes, navegava em rios com pelo menos 1 metro de profundidade, a até 22 km/h. Mas o melhor era sua “marcha à ré”, que dispensava a necessidade de virar o navio para fugir.<br /><br /><u>ARMAS DE ESTIMAÇÃO</u><br />Não há menção ao uso de capacetes com chifres pelos vikings, apenas com proteção para o nariz. Suas armas básicas eram um escudo de cerca de 75 centímetros de diâmetro, uma lança de 2 a 3 metros ou a acha-de-guerra (um machado de cabo longo). As armas eram hereditárias e tidas como sagradas.<br /><br /><u>VÍTIMAS PREDILETAS</u><br />Os mosteiros eram alvos cobiçados pelos vikings, pois lá encontravam desprotegidos dinheiro e relíquias valiosas, como cálices de ouro, candelabros e tapeçarias. Vários deles, no norte da Europa, sofreram pilhagens, como em Noirmountier (França) e Coldingham (Escócia).<br /><br /><u>SURPRESA!</u><br />A maior arma dos vikings eram os ataques rápidos e inesperados, chamados de “stranhugg”. Eles chegavam de surpresa, saqueavam o povoado, capturavam alguns moradores como escravos e iam embora antes que alguma defesa organizada pudesse ser formada.<br /><br /><strong>.:: Aventuras na História</strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href=" http://povoviking.blogspot.com/2008/02/fatos-e-lendas-sobre-os-berserkers.html">► Fatos e lendas <br />sobre os Bersekers</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/03/guerreiros-vikings.html">► Guerreiros Vikings</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-75169688356826949012010-02-19T10:35:00.001-08:002010-07-16T12:19:08.046-07:00Conhecendo um pouco mais sobre os vikings<a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37aKKOr5mI/AAAAAAAAEHk/Qt1cMoNDnV8/s1600-h/viking.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 279px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37aKKOr5mI/AAAAAAAAEHk/Qt1cMoNDnV8/s400/viking.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440025267989636706" /></a><br /><br />Durante três séculos, entre 800 e 1100 d.C aproximadamente, eles protagonizaram a chamada "Era Viking", atacando a Europa em sucessivas invasões que lhes renderam a imagem de bárbaros sanguinários, saqueadores impiedosos e pagãos, o que de fato, também, foram, mas não foram só isso. Conquistaram, fundaram e colonizaram povoados, revitalizando, em plena Idade Média, o comércio marítimo Europeu, ainda que temporariamente, com rotas através dos mares Báltico e do Norte, além de rios Europeus como o Ródano, o Reno, o Sena e o Tâmisa.<br /><br />Em comum, esses três povos tinham a língua, o modo de vida e a religião nórdica, com preceitos tão avançados que só foram de novo pensados (ou copiados) no século 16, por Lutero e Calvino. Usavam as Runas (letras mágicas gravadas em pedras) como forma de adivinhação. Possuíam um apurado senso estético e viviam num peculiar regime democrático regido por assembléias populares, enquanto todo o resto do continente estava atolado no feudalismo. Eram comerciantes, agricultores e exímios artesãos, sabendo trabalhar a madeira, o marfim e o ferro muito bem.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37a3Gt5X_I/AAAAAAAAEH0/QWrPmqu0FZs/s1600-h/cg_cod_330_220y.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 155px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37a3Gt5X_I/AAAAAAAAEH0/QWrPmqu0FZs/s400/cg_cod_330_220y.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440026040140914674" /></a><br /><br />Mas o que mais os distinguia era a maestria como construtores de navios, valendo-se de técnicas tão avançadas que só foram superadas pelos portugueses no século 15, ou seja, mais de quatrocentos anos depois. Construíam frotas de velozes e espaçosas embarcações, projetadas para o transporte de seus exércitos, e as usavam com velocidade e mobilidade. Foi esse prodígio náutico, insuperável na maior parte da Europa, que lhes deu decisivas vantagens em seus ataques em tão grande número de costas, e os transformou nos “Reis dos Sete Mares” que exploraram cada canto do Atlântico Norte e expandiram-se para bem longe - costearam toda a Europa rodeando as costas européias desceram os rios Dnieper e Volga e chegaram aos mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio. Estiveram em Bagdá; criaram um reino na Ucrânia, e, navegando para Oeste, descobriram a Groenlândia, chegando ao continente norte-americano, onde estabeleceram um assentamento, cerca de 500 anos antes de Cristóvão Colombo. <br /><br />Os barcos eram tão importantes na cultura nórdica que serviam de urna funerária para os grandes chefes. Graças a esse costume, que ajudou a preservar várias embarcações enterradas no solo fofo da Escandinávia, hoje se conhece bastante bem as técnicas de construção deles.<br /><br /><strong>Drakkars e Knorrs - as temíveis naus vikings</strong><br /><br />No início da Idade Média, noruegueses e dinamarqueses desenvolveram um tipo de embarcação que só veio a ser superada cerca de seiscentos anos mais tarde pelos portugueses, com a invenção das Caravelas e Naus. <br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37bOUnQHCI/AAAAAAAAEH8/CylflDFwfPs/s1600-h/cg_cod_329_220y.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 242px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37bOUnQHCI/AAAAAAAAEH8/CylflDFwfPs/s400/cg_cod_329_220y.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440026439008132130" /></a><br /><br />As embarcações vikings eram de dois tipos básicos: as de transporte e comércio; e as de guerra. Ambas tinham em comum o fato de serem longas, estreitas e com quilhas (parte de baixo do navio) que penetravam muito pouco na água, o que permitia navegar com estabilidade tanto no mar profundo, quanto em rios rasos, podendo chegar até a praia para que os guerreiros descessem e atacassem o lugar.<br /><br />A diferença entre elas era que as embarcações destinadas à guerra, as chamadas drakkars, eram menores e mais estreitas que as mercantes e de transporte, chamadas knorrs - destinadas ao transporte de produtos, algumas vezes levavam até gado, além de transportarem as pessoas comuns que se mudavam para alguma das colônias recém estabelecidas. <br /><br />Tantos as drakkars quanto as knorrs eram enfeitadas com cabeças de dragões ou serpentes em suas proas e com velas listradas (ou xadrezes) em misturas de verde, vermelho ou azul com branco. Nas drakkars, cada homem ia sentado em cima de um pacote contendo suas armas e armadura, e esse pacote lhe servia de banco. Cada um, também, tinha um remo, e o último homem era o encarregado do leme, que dava direção ao navio. Quando o navio estava para chegar ao local planejado, os homens desfaziam seus pacotes e se preparavam para o ataque. Cada drakkar transportava em média quarenta guerreiros; uma knorr transportava muito mais pessoas ainda. Foi graças as drakkars e as knorrs que os vikings conseguiram colonizar grande parte das ilhas Britânicas, assaltar a Europa e descobrir a Islândia, a Groenlândia e a América. <br /> <br /><strong>Trajetórias Vikings</strong><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37dM8vkrTI/AAAAAAAAEIM/ndNoyL5et1o/s1600-h/cg_cod_52_680y.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 166px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S37dM8vkrTI/AAAAAAAAEIM/ndNoyL5et1o/s320/cg_cod_52_680y.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440028614443969842" /></a><br /><br />Os suecos iniciaram sua expansão em direção ao Leste e navegaram por lagos e rios russos até chegar aos mares Cáspio e Negro, o que lhes permitiu entrar em contato com o império bizantino e com os povos islâmicos da Pérsia. Suas expedições tiveram caráter mais comercial do que guerreiro e foram responsáveis pelo início das atividades econômicas nas bacias dos rios Dnieper e Volga. Da fusão de suecos e eslavos surgiram os primeiros principados russos, entre os quais se destacou, já no século 9, o de Kiev. O comércio dos vikings também provocou, no leste da Europa, o surgimento do ducado da Polônia e do reino da Hungria.<br /><br />Os noruegueses se expandiram para oeste e ocuparam sucessivamente as ilhas Shetland, Faroe, Órcadas, Hébridas e a Islândia. Também se estabeleceram em diversos pontos da costa irlandesa. O chefe Erik, o Vermelho, chegou à Groenlândia no século 10 e seus filhos atingiram o continente americano num local que denominaram Vinland, "terra das vinhas".<br /> <br />Os dinamarqueses foram, ao longo de três séculos, o terror da Europa, sobretudo do reino da França. Aproveitando-se da debilidade dos países da Europa ocidental após a morte de Carlos Magno, realizaram repetidas incursões às zonas litorâneas do mar do Norte, tanto no continente quanto nas ilhas britânicas. Suas embarcações, de pequeno calado, tinham grande mobilidade, e isso lhes permitia seguir sem problemas os cursos dos rios, o que os tornou temidos também no interior. Em meados do século 9, subiram o Sena e saquearam Paris; pelo curso do Garona, chegaram a Toulouse; pelo Guadalquivir, a Sevilha; pelo Ródano, a Valencia e pelo Volga, a Portugal.<br /><br />Os normandos ou "homens do Norte" eram vikings que se fixaram na França (na região agora denominada Normandia), tendo então conquistado a Inglaterra em 1066. Uma famosa tapeçaria normanda, que se encontra num museu da cidade de Bayeux, mostra cenas desta conquista.<br /><br /><strong>.:: <a href="http://correiogourmand.com.br">Correio Gourmand</a></strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/12/os-10-maiores-mal-entendidos-sobre-os.html">► Os 10 Maiores Mal Entendidos Sobre os Vikings</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2010/02/revelando-religiosidade-viking.html">► Revelando a Religiosidade Viking</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/11/barco-viking-nao-e-diversao.html">► Barco viking não é diversão</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-65587543243670069402010-02-06T08:16:00.000-08:002010-02-06T08:37:40.321-08:00Revelando a Religiosidade Viking<em>Recentemente vem ocorrendo um grande resgate da cultura Viking.</em><br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S22WX9Dp1UI/AAAAAAAADyM/Gmav_pqaBOk/s1600-h/Odin.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 265px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S22WX9Dp1UI/AAAAAAAADyM/Gmav_pqaBOk/s400/Odin.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435165663577101634" /></a><br /><br /> Dezenas de livros, documentários, eventos acadêmicos e descobertas arqueológicas vem demonstrando o valor da Escandinávia para o estudo da formação do Ocidente Medieval e Moderno, bem como a desmitificação de muitos estereótipos e fantasias.<br />Dentre todas as áreas de investigação, algumas das mais promissoras são os estudos de mitologia e religião pré-cristã, extremamente importantes para se entender o posterior processo de estruturação da mentalidade religiosa na Europa.<br />Uma das mais famosas pesquisadoras de mitologia germânica é a inglesa Hilda Davidson, autora do clássico Gods and Myths of Northern Europe, originalmente publicado em 1964 e que agora recebe a primeira tradução para a língua portuguesa. Esta obra se tornou um marco das investigações na área, tanto por seu caráter sistematizador quanto pela utilização de diversos tipos de fontes, sejam elas históricas (documentos e livros de caráter nobiliárquico/institucionais), literárias, epigráficas, iconográficas e arqueológicas. A obra é dividida em oito capítulos, seguidos de uma interessante relação de referências onomásticas e de um índice remissivo.<br /><br />No início da obra, Davidson discute suas vinculações teóricas e influências metodológicas. Partidária de Mircea Eliade e Georges Dumézil, a autora defendia o estudo do mito para o entendimento da sociedade, da estrutura política e cultural dos povos durante a História. Para ela, somente o estudo comparado do mito poderia fornecer elementos para os pesquisadores contemporâneos conseguirem entender a motivação e o significado simbólico destas narrativas para as sociedades antigas. Assim, Davidson realizou um estudo comparativo do panteão escandinavo com as formas míticas mais antigas, como os germanos do período das migrações, procurando encontrar padrões em comum entre os simbolismos míticos destas sociedades.<br /><br />No primeiro capítulo, O mundo dos deuses do Norte, a autora discute questões genéricas relacionadas com as fontes sobre a mitologia germânica: a poesia dos skålds na Escandinávia pagã, a questão da influência do referencial cristão na literatura do período pós Era Viking, as estruturas míticas da Edda em Prosa e Poética. Trata-se de uma parte essencial para aqueles que ainda não tem um conhecimento detalhado sobre a temática, tanto quanto uma importante introdução na crítica de fontes manuscritas da Idade Média (heurística medieval).<br /><br />O segundo capítulo, Os deuses da batalha, dedica-se à interpretação dos cultos religiosos relacionados ao mais importante deus do panteão germano-escandinavo, Óðinn (Odin). Aqui, a autora inclui-se em uma interpretação historiográfica muito importante na medievalística nórdica, a de que os cultos no mundo germânico não eram centralizados, sem organização de uma instituição central, não hierarquizados, sem uma fé comum, variáveis conforme a região e a classe social. O deus Óðinn era o mais cultuado pelos nobres e reis (konungars), sendo por isto mesmo a principal divindade na literatura escandinava, associado com a magia e a guerra. Seu culto estava associado com sacrifícios violentos e personagens marciais como as valkyrjor(valquírias), as virgens condutoras dos guerreiros mortos em batalha para o palácio de Valhöll (Valhala, “salão dos mortos”). Outro destaque na interpretação da autora é para os berserkir (“os que portam camisas de urso”), guerreiros fanáticos dedicados ao culto de Óðinn, utilizados amplamente como mercenários e guardas de elite na Escandinávia da Era Viking.<br />Este mesmo deus volta a ser interpretado em outro capítulo do livro (Os deuses dos mortos), onde Davidson dedica-se a resgatar aspectos relacionados com funerais e magia, inclusive analisando a figura de Óðinn como xamã6. Outra importante questão enfocada pela autora é a disputa entre algumas crenças religiosas nas sociedades nórdicas, especialmente entre os cultos odínicos e os relacionados à fertilidade.<br /><br />O próximo capítulo, O deus do Trovão, dedica-se ao estudo da mais popular deidade entre os Vikings, Þórr (Thor). Herói relacionado na luta contra as forças do caos e especialmente vinculado com fenômenos atmosféricos e árvores, este deus foi o favorito dos camponeses e agricultores, a exemplo dos colonos da ilha da Islândia.<br />As divindades relacionadas com a fertilidade são resgatadas no capítulo 4 (Os deuses da paz e da abundância). O deus Freyr, associado com os reis, e sua irmã Freyja são os mais importantes. Freyja recebia importantes cultos mesmo após a introdução do cristianismo na Escandinávia, além de possuir toda uma série de mitos associados com a vida após a morte dos guerreiros. Também Freyja era envolvida com um tipo de magia conhecida como seiðr (“canto”), possivelmente influenciada pelo xamanismo lapônico e que era utilizado para fins proféticos, curativos e de fertilidade ou prosperidade da comunidade em questão. O seiðr também foi representado nas fontes literárias como uma magia negativa, utilizada para fins maléficos ou destrutivos. Assim, a deusa Freyja possuía dois aspectos principais tanto na religiosidade quanto no pensamento mitológico: relacionada aos princípios de perpetuação das famílias e outro mais terrível, ligado à morte.<br /><br />Algumas divindades mais obscuras e pouco conhecidas foram analisadas por Hilda Davidson em outro capítulo (Os deuses enigmáticos), como Baldr, Bragi, Íðunn, Mímir, Forseti, e especialmente Loki. Este último deus foi uma figura extremamente complexa, enigmática, sinistra e, às vezes cômica, especialmente citado e representado iconograficamente pelas fontes do período cristão, associado diretamente com Satanás. Por sua vez, o deus Baldr foi interpretado por Davidson a partir de uma perspectiva diferenciada. Não existem evidências de um antigo culto a Baldr antes da Era Viking, o que leva alguns pesquisadores a afirmarem que foi um mito criado pelo cristianismo, ou como sugere a autora, um antigo herói que foi divinizado.<br /><br />O capítulo O começo e o fim apresenta algumas considerações sobre cosmogonia (a criação do universo e dos seres), segundo a mitologia germânica, além das concepções escatológicas (o fim dos tempos). Assim como para muitas crenças de origem indo-européia e euro-asiáticas, os Vikings acreditavam que a estrutura física do universo e mesmo as noções de tempo e destino, estavam intimamente relacionadas com uma árvore, denominada de Yggdrasill. O mais interessante porém, fica por conta das narrativas do fim do mundo, conhecidas por Ragnarök, onde todos os principais deuses morrem. Neste momento específico, Davidson rompe com muitos pesquisadores, negando a influência do referencial cristão na elaboração destas narrativas, que para ela teriam conotações essencialmente paganistas.<br /><br />A última parte do livro é A despedida dos antigos deuses, um balanço acerca das características gerais da religiosidade nórdica e do período de transição para o cristianismo. Parte dos elementos míticos e religiosos dos Vikings era relacionados com o ambiente geográfico em que viviam, ou mesmo explicado por ele, enquanto que o restante foi intimamente ligado às estruturas jurídicas, políticas e econômicas da sociedade nórdica. Um momento muito interessante é a discussão que a autora estabelece acerca do público dos mitos: a receptividade das narrativas orais dependia da classe social e da região em que a mesma foi propagada. A falta de uma organização central favoreceu a variação de cultos e crenças. Para a autora, o individualismo da religiosidade Viking foi a maior causa de seu declínio com a chegada da nova fé, o cristianismo. Com a mudança do estilo de vida dos homens nórdicos, a partir do século X, o paganismo já não oferecia os mesmos vínculos sobrenaturais, confortos materiais e satisfações cotidianas que antes.<br /><br />Infelizmente a obra apresenta diversos problemas de editoração. Em primeiro lugar, a tradução cometeu muitos erros como “Palácio dos derrotados” (a tradução mais correta do inglês para o português seria ‘salão dos que morreram em batalha’, p. 206); “Oseburg” (o correto é Oseberg, p. 114); “Destruição dos poderes” (Consumação dos destinos dos poderes supremos, p. 203); “100 d.C.” (na realidade seria século IX d.C., p. 115); “Odim (...) perfurado por uma espada” (Gungnir é uma lança, p. 122); “deflagrando” (inaugurando, p. 146); “eterna representação” (eterno retorno, p. 172); “um tanto patética” (um tanto estranha, p. 81). Algumas frases traduzidas não tem sentido nenhum, como em “A serpente mundial, enrolada ao redor da terra, embaixo do mar, que é uma mudança livre em Ragnarok” (p. 201). O correto seria traduzir a última frase por: liberta-se no Ragnarök. Erros de impressão permeiam toda a obra, como “poeterior” (posterior, p. 55), “durane” (durante, p. 166), “sepente” (serpente, p. 201). O tradutor também não seguiu nenhum critério para a transcrição de termos do nórdico antigo, pois enquanto a obra original conserva os mesmos, a edição brasileira optou por adaptar alguns (como Odim, que na maioria das adaptações ao português é Odin; Frei, o correto seria Freir ou Freyr; Tor, a grafia mais recomendada seria como nas línguas germânicas modernas, Thor), enquanto que em outras ocasiões as palavras permaneceram na versão original (a exemplo de seiðr, seiðkona, Niðhøggr, Yggdrasill).<br /><br />Esperamos que outras importantes obras relacionadas com a História e a mitologia da Escandinávia futuramente venham a ser traduzidas em língua portuguesa, mas que tenham uma editoração e tradução muito mais criteriosa, não somente beneficiando os pesquisadores de medievalística, mas também a todos os que têm interesse em estudos de sociedades e culturas históricas em geral.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> <a href="http://www.cchla.ufpb.br">www.cchla.ufpb.br</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-1052033861133510192009-12-20T13:20:00.000-08:002010-09-22T22:45:47.782-07:00Os 10 Maiores Mal Entendidos Sobre os Vikings<em>Os vikings, apesar de terem apenas uma passagem relativamente breve pelo mundo, que começou no século VIII, tem suas histórias de horror e destruição botando medo em criancinhas até hoje.</em><br /><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Sy6bwSsL_4I/AAAAAAAADT0/QNfs1EcnNck/s1600-h/Viking_Rampage_by_RogueWolfStudios.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 375px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Sy6bwSsL_4I/AAAAAAAADT0/QNfs1EcnNck/s400/Viking_Rampage_by_RogueWolfStudios.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417438655726485378" /></a><br /><br />Veja agora 10 fatos errados sobre os vikings, nos quais<br /> muita gente acredita até hoje, sendo esclarecidos.<br /><br /><strong>1º: Estilo dos Elmos</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings usavam elmos com chifres.<br /><br />Esse é maior erro quando se trata de Vikings, pois não existem registros de que esses elmos realmente existiram. Todas as representações de elmos Vikings datando da época dos Vikings, mostra elmos sem chifres, e o único elmo Viking autêntico já achado também não têm chifres. Uma explicação para o mito dos chifres é que os Cristãos da época adicionaram o detalhe para fazer com que os Vikings parecessem mais bárbaros e pagãos do que já eram, com chifres exatamente iguais ao de Satã em suas cabeças. É digno de nota que o deus nórdico Thor usava um elmo com asas nele, que de certa forma é similar a chifres.<br /><br /><strong>2º: Estupro e Pilhagem</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings pilhavam como sua única maneira de viver.<br /><br />Na verdade apenas uma pequena porcentagem de Vikings eram guerreiros, sua maioria era formada de fazendeiros, artesãos e comerciantes. Para os Vikings que iam para alto mar, a pilhagem era uma entre outros objetivos de suas expedições. Os Vikings se assentaram pacíficamente em vários lugares como na Islândia e Groenlândia, e eram mercantes internacionais em seu tempo; eles comerciavam pacíficamente com quase todos os países existentes na época.<br /><br /><strong>3º: Sedentos de Sangue</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings eram bárbaros sedentos de sangue.<br /><br />Os ataques Vikings eram, sem dúvida, violentos, mas a era medieval era violenta, e a pergunta era se outros exércitos não-Vikings eram menos violentos e bárbaros que eles; por exemplo, Carlos Magno, que foi contemporâneo dos Vikings, praticamente exterminou todo o povo de Avars. Em Verden, ele ordenou a decapitação de 4.500 saxões. O que realmente fazia os Vikings diferentes era que eles destruiam especialmente itens de valor religioso (Monastérios Cristãos e Lugares Santos) e matavam homens da igreja, o que os fez muito odiados em um tempo altamente religioso. Os Vikings provavelmente gostavam da reputação que tinham; na maioria das vezes em que viam um navio Viking nas redondezas, fugiam das cidades ao invés de defendê-las.<br /><br /><strong>4º: Eles eram odiados por todos</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings eram odiados por todos os lugares.<br /><br />Nós podemos pensar que os Vikings eram odiados por todos por causa de seus ataques, mas parece que eles também eram respeitados por alguns. O Rei francês Carlos III, também conhecido como Carlos o Simples, deu aos Vikings as terras que eles já ocupavam na Franças (Normandia), e ele até deu sua filha ao chefe Viking Rollo. Em troca, os Vikings protegiam a França de alguns Vikings ainda piores.<br /><br />Também em Constantinopla os vikings eram conhecidos por sua força, tanto que a guarda real dos Reis Bizantinos (Guarda Varangiana), era feita exclusivamente de Vikings Suecos.<br /><br /><strong>5º: Cidade Natal</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings viviam somente na escandinávia.<br /><br />Os Vikings eram originados de países escandinavos, mas com o passar do tempo eles começaram a se fixar em vários lugares, desde o Norte da África, Rússia, Constantinopla e até na América do Norte. Existem diferentes teorias sobre os motivos da Expansão dos Vikings, e a mais comum é que a população escandinava tinha exaurido o limite do potencial agrícola da região.<br /><br />Outra teoria é de que as velhas rotas de comércio da Europa ocidental e Eurásia caíram de rendimento quando o Império Romano caiu no século V, forçando os Vikings a abrirem novas rotas de comércio para lucrar do comércio internacional. <br /><br /><strong>6º: Armas brutas</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings usavam armas brutas e não sofisticadas.<br /><br />Vikings são mostrados várias vezes com armas rudes, como porretes ou machados simples, mas eles eram na verdade habilidosos ferreiros. Usando um método chamado de padrão de soldagem, os Vikings podiam fazer espadas extremamente afiadas e flexíveis ao mesmo tempo. De acordo com as narrativas épicas dos Vikings, o método de teste dessas armas era colocar o fio da espada em um córrego e deixar um fio de cabelo flutuar em direção a ele, se a espada cortasse o fio de cabelo, ela era considerada uma boa espada.<br /><br /><strong>7º: Copos de Crânios</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings bebiam de copos feitos a partir de crânios.<br /><br />A origem da lenda reside no livro de Ole Worm “Reuner seu Danica literatura antiquissima” de 1636, em que ele escreve que os guerreiros dinamarqueses bebiam de “galhos de crânios curvados”, ou seja , chifres , que foi erradamente traduzido em Latim para significar crânios humanos. A verdade é que, nenhum copo de crânio foi achado em escavações na época dos vikings.<br /><br /><strong>8º: Grandes e Loiros</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings eram todos grandes e loiros.<br /><br />os Vikings são mostrados na maioria das vezes como caras grandes, encrenqueiros e loiros, mas registros históricos mostram que a média de altura entre os homens Vikings era de 170 centímetros, altura que não era específicamente grande na época. O cabelo loiro era visto como o ideal na cultura Viking, e muitos homens nórdicos tingiam o cabelo de loiro com um sabão especial.<br /><br />Mas os Vikings eram especialistas em abduzir pessoas, e muitas pessoas que eram sequestradas como escravos, se tornaram parte da população viking da época. Logo, nos grupos Vikings, você provavelmente acharia Italianos, Espanhóis, Portugueses, Franceses e Russos, um grupo variados de pessoas reunidos ao redor de um núcleo de Vikings de uma determinada região, como por exemplo, a Dinamarca ou no fiorde de Oslo.<br /><br /><strong>9º: Pessoas sujas e selvagens</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings eram um povo maltrapilho e de aparência selvagem.<br /><br />Em muitos filmes e desenhos animados, os Vikings são mostrados como pessoas imundas, selvagens, homens e mulheres, mas na realidade, os Vikings eram vaidosos quanto a sua aparerência. Na verdade, pentes, pinças, navalhas e uma espécie de cotonetes estão entre os itens mais encontrados em escavações da época dos Vikings. As mesmas escavações também mostraram que os Vikings faziam sabão.<br /><br />Na Inglaterra, os Vikings vivendo lá tinham a reputação de limpeza excessiva, pois tomavam banho uma vez na semana (todo sábado). Por isso, o Sábado é dito como laugardagur/laurdag/lørdag/lördag, que significa ‘dia do banho’ nas línguas escandinavas, ainda que, hoje em dia, o significado original está perdido na língua moderna na maioria das vezes. De qualquer maneira ”laug” realmente significa banho ou piscina em Islandês.<br /><br /><strong>10º: Uma Nação</strong><br /><br /><strong>Mal Entendido:</strong> Os Vikings eram uma nação.<br /><br />Os Vikings não eram uma nação, mas vários grupos de guerreiros, exploradores e comerciantes liderados por um chefe tribal. Durante a época dos Vikings, a Escandinávia não era separada, como hoje em dia, entre Dinamarca, Noruega e Suécia, ao invés disso, cada chefe tribal governava uma pequena quantidade de terras. A palavra Viking não se refere a nenhum local, ela era a palavra, em norueguês arcaico, que se referia a uma pessoa que participava em uma expedição ao mar.<br /><br /><strong>.:: Combustao.org</strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href="http://povosgermanicos.blogspot.com/2010/08/tradicoes-poderosas-de-povos-guerreiros.html">► Tradições poderosas de povos guerreiros</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2010/02/revelando-religiosidade-viking.html">► Revelando a Religiosidade Viking</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/12/expansao-viking.html">► A Expansão Viking</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com34tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-29390986524559066922009-12-04T16:52:00.000-08:002010-10-26T06:59:26.352-07:00A Expansão Viking<a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMbcLQjdX-I/AAAAAAAAGHo/MxW8ulKsEow/s1600/O+mapa+mostra+as+col%C3%B4nias+vikings.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532351278251597794" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 263px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TMbcLQjdX-I/AAAAAAAAGHo/MxW8ulKsEow/s400/O+mapa+mostra+as+col%C3%B4nias+vikings.png" border="0" /></a><em><center><span style="font-size:85%;">O mapa mostra as colônias vikings nos séculos VIII (vinho), </span></center><center><span style="font-size:85%;">IX (vermelho), X (laranja) e XI (amarelo); as áreas em</span></center><center><span style="font-size:85%;"> verde</span><span style="font-size:85%;"> são as que sofriam constantes incursões dos vikings.</span></center></em><br />Eles não grunhiam, não eram estúpidos e também não lutavam vestindo elmos adornados com chifres de boi, como o cinema ou a literatura costuma retratar. Os vikings, povo nórdico que se expandiu a partir do século VIII, foram grandes conquistadores e travaram batalhas memoráveis contra celtas, frísios e até mesmo com índios na América do Norte, mas passam longe dos estereótipos atribuídos a eles pelo senso comum. Esses navegadores escandinavos, que carregavam uma cultura guerreira próxima à de Beowulf, conseguiram desenvolver uma sociedade bastante evoluída para a época, com cidades prósperas, um sistema de leis eficiente e técnicas avançadas para a construção de barcos - ou seja, não eram bárbaros e muito menos subdesenvolvidos.<br /><br />Eles chegaram ao território anglo-saxão no fim do século VIII e tiveram uma importância fundamental para a formação daquele povo. “Os primeiros vikings chegaram ao oeste da Europa através de invasões nos anos de 790, montando assentamentos na Escócia, Irlanda e Inglaterra. Eles também se assentaram na Islândia durante o fim do século IX, e na Groenlândia somente no século seguinte”, conta o historiador James Graham-Campbell, da University College London (Inglaterra).<br /><br />A primeira prova da evolução dos vikings na Idade Média é, sem dúvida, a qualidade militar dos soldados. Eles não lutavam como uma turba desorganizada e arruaceira, como ocorria com muitos povos bárbaros. No campo de batalha, eles agiam como um exército bem treinado e com estratégias predeterminadas para derrotar os adversários. Para conquistar tantas vitórias, esses nórdicos se valiam de técnicas de luta baseadas em espécies de falanges, que serviam para dividir as defesas inimigas: uma fórmula usada muito tempo antes por gregos e romanos.<br /><br />De acordo com o arqueólogo Stephen Harding, professor da University of Nottingham (Inglaterra), os guerreiros vikings normalmente usavam lanças e escudos circulares de madeira no campo de batalha e, os mais ricos, vestiam-se com cotas de malha e empunhavam espadas longas. “Nas batalhas, eles se organizavam em linhas e formavam uma ‘parede de escudos’, como a maioria de seus oponentes. Eles tentavam quebrar as defesas inimigas enviando ‘esquadrões de sangue’ munidos com machados de batalha”, detalha.<br /><br />A coragem dos nórdicos já era conhecida pelos povos da região há muito tempo e, assim como o herói Beowulf, os navegadores vikings também se lançavam ao mar rumo ao desconhecido para enfrentar perigos mortais. Para isso, tiveram que aprender a construir naus bastante fortificadas, já que o clima extremamente frio e as águas turbulentas dos mares do norte poderiam facilmente afundar barcos pouco resistentes. Sendo assim, aperfeiçoaram as técnicas de construção dos drakkar, as grandes embarcações utilizadas para navegações próximas à costa ou em rios, e os knor, barcos para jornadas mais longas, conhecidos por alguns inimigos como ‘predadores dos mares’.<br /><br />Outra semelhança com o período pré-viking é a própria religião pagã venerada pelos vikings. Até o fim do século X eles também cultuavam deuses como Thor e Odin, mas acabaram sendo finalmente cristianizados no decorrer dos séculos. Porém, até isso ocorrer, acreditavam em uma crença politeísta marcada pela presença de deuses e heróis que os estimulavam a lutar até a morte - mesmo que não houvesse nenhuma chance de vitória. Contudo, Harding lembra que o fato mais instigante em relação a esses conquistadores não envolve guerras, batalhas ou estratégias de combate, mas sim a própria vida social. Algo pouco conhecido, explica, refere-se aos instrumentos jurídicos utilizados pelos escandinavos da Idade Média. “Eles eram excelentes juristas e foram responsáveis pela introdução da palavra ‘lei’ (law, em inglês) na língua inglesa”, lembra o arqueólogo. “Apesar de terem uma reputação de guerreiros, eles eram, na realidade, pessoas muito civilizadas”.<br /><br />Contudo, o professor da University of Nottingham admite que os vikings ganharam uma fama histórica negativa por conta de seus métodos violentos de conquistar o território dos oponentes: eles invadiam os territórios inimigos causando pilhagens, cometendo estupros e raptando os inimigos vencidos, inclusive sacerdotes e monges capturados em monastérios localizados na costa da Ilhas Britânicas. Graham-Campbell ressalta ainda que o principal objetivo dos invasores nórdicos era roubar riquezas, embora muitos acabassem optando por ficar nas terras recém-tomadas. “Para os invasores, o objetivo principal era levar para casa o resultado de seus saques, mas para aqueles que não tinham terras, por serem muito jovens ou mesmo exilados, encontrar um território para construir uma boa fazenda obviamente passou a ser uma boa idéia”, conta. Isso, sem dúvidas, acirrou ainda mais as hostilidades entre escandinavos e anglo-saxões.<br /><br /><strong>.:: Leituras da História</strong><br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2010/10/o-comercio-viking-na-europa.html">► O Comércio Viking na Europa</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/vikings-na-pennsula-ibrica.html">► Vikings na Península Ibérica</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2010/07/haroldo-ii-x-harald-hardrada.html">► Haroldo II x Harald Hardrada</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-25698187888609033852009-11-29T10:31:00.000-08:002009-11-29T10:38:34.686-08:00Haroldo I da Dinamarca<em><strong>Haroldo I da Dinamarca</strong>, também designado por <strong>Haroldo Dente-Azul Gormsson</strong> ou <strong>Harald Dente-Azul </strong>(Dinamarquês: Harald Blåtand, Nórdico antigo: Harald blátönn, Norueguês: Harald Blåtann; c. 935 — 1 de Novembro de 985 ou 986) era filho do rei Gorm, o velho, senhor da Jutlândia, e de Thyra. Faleceu combatendo uma rebelião liderada por seu filho Svend, após reinar como rei da Dinamarca a partir de 958 e como rei da Noruega durante dez anos.</em><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SxK-aNvMrNI/AAAAAAAAC7Y/mgN15ILI0o8/s1600/Haroldo+Dente-Azul+sendo+baptizado.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 262px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SxK-aNvMrNI/AAAAAAAAC7Y/mgN15ILI0o8/s400/Haroldo+Dente-Azul+sendo+baptizado.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5409595459998887122" /></a><br /><br />A sua biografia encontra-se resumida numa inscrição de uma das pedras de Jelling:<br /><br /><em>Haroldo, rei, ordenou que estes monumentos fossem erigidos em memória de seu pai, Gorm, e de Thyra, sua mãe. O Haroldo que conquistou toda a Dinamarca e Noruega e que fez dos dinamarqueses cristãos.</em><br /><br /><strong>Conversão da Dinamarca ao cristianismo</strong><br /><br />Apesar dos antecessores de Haroldo já terem adoptado o cristianismo, instigados pelos reis carolíngios em 826, o paganismo continuou a predominar na Dinamarca e nos outros territórios nórdicos durante séculos. Sua mãe pode ter-lhe oferecido as primeiras sementes de cristianismo, quando criança, algo que seu pai teria combatido, como fervoroso servo de Odin. Quando Haroldo se converteu em 965, adaptou os túmulos de Jelling, iniciados por seu pai, à forma de monumentos cristãos, em honra de seus pais. Os monumentos de Jelling são descritos como uma declaração de Haroldo da sua conversão à nova religião. Pensava-se que, com estes monumentos, ele tentava conduzir uma transição suave entre o paganismo e o cristianismo, tanto para ele, como para os seus súbditos.<br /><br />Entretanto, a religão cristã tinha vindo a ganhar raízes entre alguns dinamarqueses. Até alguns membros da nobreza tinham abraçado a fé cristã.<br />Os missionários cristãos, no entanto, só conseguiram um avanço substancial em 935. Nessa altura, o arcebispo de Hamburgo-Bremen recebeu autorização de Haroldo para pregar na Dinamarca, apesar de este ainda não ser rei. A partir de 948, foram estabelecidas sés episcopais em Ribe, Hedeby e Aarhus. Ao converter-se em 965, Haroldo tornou-se par dos demais monarcas europeus não-escandinavos.<br /><br />A bispado de Odense foi fundado em 980, na ilha da Fiónia. O terreno de sacrifícios em Lethra, na Zelândia, onde ocorriam sacrifícios humanos, de quando em vez, foi abandonado. O rei Haroldo mudou a residência real para Roskilde e aí erigiu uma igreja de madeira, em honra da santa trindade. Esta foi substituída no século XI por uma basílica, que acabou por ser demolida. Desde cerca do ano 1200, o local tem sido ocupado pela catedral gótica de São Lúcio, o local onde se encontram sepultados os reis da Dinamarca. Durante o reinado de Haroldo, foram construídos muitos outros locais de culto, por toda a Dinamarca, onde sacerdotes dinamarqueses e alemães pregavam o evangelho.<br /><br />Haroldo professava, sem dúvida, o cristianismo e contribuiu para a sua expansão. Mas a sua moral e a sua conduta violavam de várias formas os mandamentos bíblicos. Esta atitude perante o cristianismo podia ser observada por todo o mundo nórdico. O Deus cristão tornou-se uma parte da vida dos nórdicos, a par dos deuses que já existiam. Um bom exemplo são as pedras de Jelling, que misturam motivos pagãos e cristãos. Em consequência, muitas pessoas viram nas conspirações de Svend para derrubar o pai como um castigo dos céus. Svend juntou-se a um chefe tribal da Fiónia, que defendia o paganismo. Em 1 de Novembro de 985 ou 986, Haroldo foi morto por estes, em combate. Os seus restos mortais encontram-se na catedral de Roskilde.<br /><br /><strong>Reinado</strong><br /><br />Durante o seu reinado, Haroldo acarinhou outros projectos, para além das pedras de Jelling, projectos esses destinados a assegurar o controlo enconómico e militar do seu país. Mandou construir fortes circulares, em 5 localizações estratégicas. <br />Todos os 5 fortes partilhavam características semelhantes: <em>"perfeitamente circulares, com portões abrindo-se para os quatro cantos da terra, com um terreiro dividido em quatro áreas preenchidas com casas dispostas em quadrado".</em><br /><br />Construiu também a mais antiga ponte conhecida do sul da Escandinávia, a ponte deRavninge, com 5 metros de largura e 760 metros de comprimento.<br /><br />Com a existência de uma paz interna duradoura, voltou os seus pensamentos para o exterior. Ajudou diversas vezes o rei Ricardo sem medo, da Normandia, em 943 e 963. Após o assassínio de Haroldo II da Noruega, trouxe a si o domínio daquele país.<br /><br />Porém, as sagas retratam-no de uma forma negativa, descrevendo como foi obrigado a submeter-se ao príncipe sueco Styrbjörn o forte por duas vezes. Na primeira vez, deu-lhe sua filha Tyra em casamento. Na segunda vez, teve que se oferecer como refém e fornecer barcos para a sua frota. Styrbjörn tentou conquistar a Suécia ao levar a frota para Uppsala, mas Haroldo não manteve a sua palavra e ordenou que os dinamarqueses se retirassem.<br /><br />Os colonos alemães da Dinamarca foram expulsos em 983 por tropas leais a Haroldo. Pouco tempo mais tarde, Haraldo acabaria por ser morto pela tropas rebeldes de seu filho Svend.<br /><br /><strong>Família</strong><br /><br />Haroldo Dente-Azul casou-se duas vezes. Casou-se em primeiras núpcias com Gyrid Olafsdottir, por volta de 950. Deste casamento, nasceram:<br /><br />· Tyra Haraldsdatter, que se casou com Styrbjörn o forte <br />· Svend Barba-Bifurcada, nascido em 960 (algumas sagas sugerem que era, na realidade, um filho ilegítimo) <br />· Hakon Haraldsson, nascido em 961 <br />· Gunhild Haraldsdatter <br /><br />Casou-se em segundas núpcias com Thora Mistivisdattir em 970.<br /><br /><strong>Origem do cognome</strong><br /><br />Blåtand significa literalmente "dente azul", em Dinamarquês. Porém, certos estudiosos afirmam que é provável que o cognome tenha tido origem em duas palavras dinamarquesas um pouco distintas. Blå terá significado "homem de tez escura", enquanto que tan terá significado "homem notável". Assim explicado, o cognome original poderia ter significado "homem notável de tez escura". Com o tempo, o significado original teria sido substituído pelo significado fonético moderno, "dente azul".<br /><br />Todavia, a crença popular indica que o monarca possuía realmente uma cor azulada nos seus dentes, que terá dado origem ao seu cognome.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> WikipédiaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-75970622584708916982009-11-29T10:29:00.001-08:002009-11-29T10:31:38.909-08:00Svend I <em><strong>Sueno I Haraldsson</strong> ou <strong>Svend Barba-Bifurcada</strong> (cerca 965 — 3 de Fevereiro, 1014) foi rei da Dinamarca (985-1014), rei da Noruega (1000-1014) e rei de Inglaterra (1013-1014). Na Dinamarca, Sueno sucedeu ao seu pai, Haroldo I da Dinamarca.</em><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SxK9wY5_aeI/AAAAAAAAC7Q/uIxSsg-4_Is/s1600/Sweyn+barba+bifuycada.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 247px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SxK9wY5_aeI/AAAAAAAAC7Q/uIxSsg-4_Is/s400/Sweyn+barba+bifuycada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5409594741442439650" /></a><br /><br />Sueno organizou e participou em vários ataques à costa de Inglaterra durante a década de 990, que resultaram na ordem dada por Ethelred II de Inglaterra em 1002 para massacrar as comunidades vikings estabelecidas nas Ilhas Britânicas. Em resposta, Sueno organizou uma série de invasões a partir de 1002. Em 1013, consegue uma importante vitória que obriga Ethelred II a procurar refúgio na Normandia. Com a fuga do monarca, Sueno tornou-se rei de Inglaterra, mas morreu poucas semanas depois. Foi sucedido pelo filho Haroldo II, mas foi o seu filho mais novo Canuto o Grande, quem consolidou o domínio dinamarquês na Inglaterra.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> WikipédiaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-6962149149799444432009-11-22T14:46:00.000-08:002010-07-16T12:16:48.575-07:00Barco viking não é diversão<a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Swm_jG-tzyI/AAAAAAAAC24/NANkz03fcds/s1600/000000000000000000000000000000vikingship.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407063437524979490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 220px; CURSOR: hand; HEIGHT: 165px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Swm_jG-tzyI/AAAAAAAAC24/NANkz03fcds/s400/000000000000000000000000000000vikingship.jpg" border="0" /></a><br /><br />A maioria das embarcações era feita – de fora para dentro - com peças lisas de carvalho para a quilha e as tábuas. As partes curvas do barco usavam outros pedaços de madeira: árvores tortas, galhos e até raízes. A obra naval atingia cerca de 23 metros de comprimento e cinco de largura na meia-nau e apenas dois metros de profundidade, pesando aproximadamente 18 toneladas equipada.<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Swm_x_9b-MI/AAAAAAAAC3A/OWfSOnvxRrY/s1600/o+mastro+deslizava+com+na+ilustra%C3%A7%C3%A3o.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407063693338605762" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 180px; CURSOR: hand; HEIGHT: 120px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Swm_x_9b-MI/AAAAAAAAC3A/OWfSOnvxRrY/s400/o+mastro+deslizava+com+na+ilustra%C3%A7%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">O mastro deslizava como na ilustração.</span></center></em><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SwnACVhT0nI/AAAAAAAAC3I/hKBsRH154Fk/s1600/Estrutura+para+segurar+o+mastro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407063974004118130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 180px; CURSOR: hand; HEIGHT: 120px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SwnACVhT0nI/AAAAAAAAC3I/hKBsRH154Fk/s400/Estrutura+para+segurar+o+mastro.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Estrutura para segurar o mastro.</span></center></em><br />O primeiro passo era prender a roda-de-proa na quilha, e esta estrutura ao cadaste de popa para construir uma “espinha sólida”. Então as tábuas eram colocadas sobrepostas, com a quilha sustentando. Quando o casco alcançava a linha de flutuação, as cavernas (peças de madeira que ficavam dispostas perpendicularmente em relação às tábuas) eram colocadas para dar continuidade à estrutura até a amurada, ou seja, a peça “final” de cada extremo da embarcação.<br /><br />Os vãos entre as estruturas eram vedados com musgo ou pelo de animal misturado com alcatrão e as partes eram presas por cordas ou pregos. A idéia de “amarrar” os pedaços do barco veio mais tarde, quando os vikings perceberam que isso daria maior flexibilidade à estrutura em mares agitados. Para finalizar a obra, fixavam o mastro e o resto dos equipamentos.<br /><br /><strong>O navio de Gokstad</strong><br /><br />O barco encontrado em uma sepultura (além de transporte, o barco era usado como túmulo depois de velho) da Noruega, em Gokstad, é um bom exemplo das robustas embarcações. Provavelmente, pertenceu a um chefe viking do século IX e, embora tenha linhas delicadas, apresenta quilha grossa e casco de costado trincado – sendo, portanto, destinado à navegação em alto mar.<br /><br />A suposição é de que a estrutura tinha cerca de 10 metros de altura e pesava 360 quilos. Com a função de distribuir o peso, os construtures do Gokstad usaram um bloco grande de madeira, o kerling, com um buraco para enfiar o pé do mastro onde. Por cima dele, o “peixe de mastro”, uma peça maciça de carvalho, fazia escorar o mastro ao ser erguido ou abaixado.<br /><br />O barco era conduzido por um leme de três metros de comprimento, parecido com um remo, que era preso perto da popa por um galho de salgueiro. Isto permitia que a estrutura girasse com segurança em casos em que o navio estivesse abicado.<br /><br /><strong>.:: 360graus</strong><br /><a href="http://360graus.terra.com.br/">www.360graus.terra.com.br</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-50301262201791454662009-11-08T16:25:00.000-08:002010-07-06T11:29:34.833-07:00Batalha de HastingsA <strong>Batalha de Hastings</strong> ocorreu no dia 14 de Outubro de 1066, perto de Hastings, na Inglaterra, entre as tropas inglesas do rei Haroldo II Godwinson e o exército invasor de Guilherme II, Duque da Normandia. O resultado foi uma vitória decisiva de Guilherme o Conquistador e a morte de Haroldo II durante a batalha. Este sucesso concretizou a conquista normanda e o fim da dinastia de reis anglo-saxões em Inglaterra.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SvdhwxIHhqI/AAAAAAAACtw/dVHUKdxhNgw/s1600-h/batalha+de+hasltings.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 233px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SvdhwxIHhqI/AAAAAAAACtw/dVHUKdxhNgw/s320/batalha+de+hasltings.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401893768503199394" /></a><br /><br /><br /><strong>Prelúdio</strong><br /><br />No princípio de 1066, o rei de Inglaterra Eduardo o Confessor morreu sem descendência directa. O seu sucessor mais próximo era o primo de doze anos Edgar Atheling (neto de Edmundo II) que vivera a maior parte da sua vida no exílio na Hungria. Em vez dele, a assembleia do reino escolheu Haroldo II, Conde de Wessex e de East Anglia, um homem preparado para enfrentar a iminente invasão norueguesa.<br /><br />A 25 de Setembro, Haroldo II derrotou o exército de Haroldo III da Noruega na batalha de Stamford Bridge. A ameaça parecia estar para trás, mas três dias depois, a 28 de Setembro de 1066, Guilherme da Normandia desembarcou no Sul de Inglaterra. O seu exército de cerca de 7000 homens chegou numa frota de 600 navios e não encontrou oposição. Com ele estavam muitos nobres normandos, flandrinos e bretões a quem haviam sido feitas promessas de títulos e terras em caso de vitória. Guilherme organizou uma acampamento fortificado perto de Hastings, protegido na retaguarda por uma floresta e tendo à sua frente uma vertente glaciar.<br /><br />Ao saber da invasão normanda, Haroldo II inicia com os seus homens uma marcha forçada para Sul, durante a qual recrutou mais soldados. O exército inglês conseguiu o feito de cobrir uma distância de cerca de 400 km em menos de quinze dias. Os soldados eram principalmente veteranos da batalha de Stamford Bridge, armados com machados dinamarqueses e escudos caracterizados pelo seu enorme peso, e acabaram a marcha cansados.<br /><br /><strong>A batalha</strong><br /><br />Na manhã de 14 de Outubro, o duque Guilherme da Normandia dispôs o seu exército para a batalha. A frente foi organizada de forma tipicamente medieval em três grupos, organizados por normandos no centro, flandrinos e bretões nos flancos, que incluíam cada um unidades de infantaria, cavalaria e archeiros. Estes últimos foram colocados na vanguarda para o começo da batalha. As disposições de Haroldo II de Inglaterra são desconhecidas mas devem ter sido semelhantes, uma vez que a escola militar e o tamanho do exército eram os mesmos.<br /><br />A batalha começou com uma chuva de setas dos archeiros normandos, que não foi muito eficaz. Depois de algumas escaramuças, a infantaria e cavalaria normandas avançaram, lideradas por Guilherme em pessoa, assistido pelo irmão, o Bispo Odo de Bayeux. Este ataque pelo centro foi repelido sem grande dificuldade pela infantaria inglesa, protegida pelos seus longos machados e muralha de escudos. Entretanto, Guilherme mandou avançar o seu flanco esquerdo. Constituído principalmente por homens inexperientes e mal armados, os bretões não estavam à altura dos ingleses. Depressa o flanco esquerdo de Guilherme desapareceu à custa dos ingleses e da fuga dos seus próprios homens.<br /><br />Nesta altura, o flanco direito dos ingleses precipita-se a lançar um ataque contra os bretões em fuga. Sem o suporte do resto do exército e a protecção da muralha de escudos, os seus membros são apanhados por uma carga de cavalaria normanda e massacrados. Este episódio da batalha marcou o decurso do dia e as subsequentes acções normandas. Vendo que o inimigo era rápido a sair num contra-ataque suicida, os normandos começaram a orquestrar fugas, de forma a atrair os ingleses para a morte, numa táctica já usada em guerras no continente. A cada novo embate, fuga e emboscada, a muralha de escudos ingleses tornava-se mais frágil e ao fim do dia era já bastante permeável. Preocupado com a fraqueza da sua própria posição, Guilherme manda avançar de novo os archeiros, numa última tentativa para resolver a batalha antes de a noite cair. Desta vez os archeiros foram bastante mais eficientes e provocaram sérias baixas na linha inglesa. Nesta altura, a cavalaria normanda lança o último ataque. No confronto que se seguiu, o rei Haroldo II de Inglaterra foi ferido e perdeu o controlo dos acontecimentos, lançando o caos no seu exército. Em breve a barreira de escudos desmoronou, assim como a resistência inglesa.<br /><br /><strong>Depois da batalha de Hastings</strong><br /><br />A batalha terminou com uma vitória normanda ao cair da noite de 14 de Outubro. Haroldo II estava morto e com ele, todas as esperanças de resistência à invasão normanda. A assembleia de nobres ingleses nomeou Edgar Atheling rei, mas este foi forçado a abdicar poucas semanas depois para o Duque da Normandia. Guilherme foi coroado rei de Inglaterra no dia de natal de 1066, na Abadia de Westminster, iniciando a dinastia normanda.<br /><br />Uma abadia foi mais tarde erigida no local da batalha de Hastings e uma lápide assinala o local da morte de Haroldo, o último rei anglo-saxão de Inglaterra. Os eventos do dia encontram-se retratados na tapeçaria de Bayeux.<br /><br />Atualmente existe um museu multimédia no local da batalha, e o campo de batalha pode ser visitado mediante pagamento de ingresso no museu.<br /><br /><strong>Fonte:</strong> WikipédiaValter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-87190215907339337452009-10-30T17:02:00.000-07:002010-08-31T15:03:11.960-07:00Os Museus Vikings da EuropaHá muito tempo os guerreiros Vikings ocupam um espaço especial no imaginário contemporâneo, vítimas de falsas imagens criadas durante o século XIX (como os fantasiosos capacetes com chifres). Um das metas básicas das pesquisas escandinavas é fornecer ao público uma visão contemporânea tanto das recentes descobertas acadêmicas, como das mais famosas escavações arqueológicas empreendidas no norte europeu, possibilitando um contato mais próximo com as antigas sociedades nórdicas. Os espaços privilegiados para esta divulgação são os vários museus europeus, que possuem acervo relacionado com a Escandinávia Medieval.<br /><br />A Noruega ocupa um espaço especial na museologia nórdica. Alguns dos mais famosos objetos da arqueologia Viking fazem parte de seus acervos, como também a qualidade das estruturas em que os mesmos permanecem conservados.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Sut_DPMuDhI/AAAAAAAAClY/fzVkn6erf1E/s1600-h/Navio+viking+de+Oseberg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398548271929888274" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 170px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/Sut_DPMuDhI/AAAAAAAAClY/fzVkn6erf1E/s400/Navio+viking+de+Oseberg.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>Navio viking de Oseberg<br />Museu dos Navios Vikings<br />de Oslo, Noruega.</em><br /></span><br /><br /><br /><br />Um dos mais conhecidos é o <strong>Museu do Navio Viking </strong>(Vikingskipshuset), em Oslo (Bygdøy). Foi construído em 1927<br />pelo arquiteto Arnstein Arneberg especialmente para abrigar antigas embarcações. A mais famosa é a de Oseberg (com 21,5 metros de comprimento), escavada em 1904, repleta de objetos mortuários (como trenós, camas, utensílios e vestuários), além de dois corpos femininos, atualmente interpretados como uma rainha e sua filha. Outro navio muito conhecido é o de Gokstad, descoberto em 1880, pertencente ao estilo chamado de langrskips (navios longos), empregados exclusivamente para guerras e pilhagens. Menos famosas, porém muito importantes, são as outras embarcações pertencentes ao acervo deste museu, como o Tune (encontrado em 1867). Todas as jóias e objetos encontrados junto às escavações dos navios são expostas em exposições permanentes.<br /><br /><br />Outro museu norueguês é o <strong>Lofotr, Museu Viking de Borg</strong>.<br />O museu é uma réplica da casa de antigos chefes locais, reconstruída a partir das pesquisas arqueológicas no local. Possui serviços de passeio com réplicas de carruagens e navios Vikings, refeições e lanches com comida típica da Escandinávia Medieval, além das bebidas (cerveja e hidromel). Seminários, palestras e cursos com especialistas são constantes na área do museu.<br /><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuAGSb6DbI/AAAAAAAAClo/YipXOnSy0Pk/s1600-h/Lofotr+-+Museu+Viking+de+Borg,+Noruega.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398549423850130866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuAGSb6DbI/AAAAAAAAClo/YipXOnSy0Pk/s400/Lofotr+-+Museu+Viking+de+Borg,+Noruega.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Lofotr - Museu Viking de Borg, Noruega.</span></center></em><br /><br />A Suécia também possui diversas instituições especializadas nesta temática, como o <strong>Museu Nacional de Antiguidades </strong><br />(Historiska Museet), localizado no centro de Estocolmo.<br />Seu acervo é proveniente de escavações arqueológicas dos sítios de Burka, Uppsala, Vendel, Valsgärde e Gotland. Uma das suas coleções mais importantes são objetos, jóias de ouro e prata e utensílios da vida cotidiana.<br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuAt2-po-I/AAAAAAAAClw/vF2ZFUJhbKE/s1600-h/Estela+de+Bopparve.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398550103674430434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 170px; CURSOR: hand; HEIGHT: 223px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuAt2-po-I/AAAAAAAAClw/vF2ZFUJhbKE/s400/Estela+de+Bopparve.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>Estela de Bopparve<br />Museu Histórico de<br />Gotland, Suécia.</em><br /></span><br /><br /><br /><br /><strong>Museu Histórico de Gotland</strong> (Suécia). A ilha de Gotland, no mar Báltico, foi culturalmente diferenciada das outras regiões Vikings.<br />A sua principal característica é a existência de dezenas de estelas funerárias, pedras com pinturas erguidas para homenagear os mortos ilustres. Através dessas esculturas e pinturas, é possível reconstituir o cotidiano, o estilo das roupas, armamentos, navios e diversas interpretações sobre mitologia e religiosidade nórdica. As exposições permanentes recontam a história destas pedras pintadas e sua importância para a História dos Vikings.<br /><br /><br /><strong>Museu Nacional da Dinamarca</strong>, em Copenhage. Recebeu diversas modernizações e reorganizações de suas exposições permanentes. Uma das principais atrações deste museu está na sala 20, o famoso machado de Mammen, com ornamentações na lâmina em forma de figuras espiraladas e animais. Foi descoberta no túmulo de um chefe Viking, e nomeou um dos estilos artísticos dos nórdicos. Na sala 21 estão expostos alguns dos tesouros da Era Viking, como jóias, moedas de prata, pingentes do martelo do deus Thor – uma ornamentação com sentido religioso e estético. Um dos maiores colares escandinavos de todos os tempos, com 2 kilogramas de ouro, é exposto na sala 28. A história dos reis dinamarqueses é recontada na sala 22, onde também são incluídos objetos do funeral real de Jelling, das fortalezas circulares de Trelleborg, dos navios-túmulos de Ladby, além de objetos resgatados na cidade de Hedeby. Na última sala dedicada aos nórdicos, são exibidos alguns exemplares de runestones (pedras rúnicas) dinamarquesas. Uma das exposições temporárias de maior sucesso é a recente O tesouro recuperado de moedas da Era Viking Dinamarquesa, que reúne algumas das maiores coleções numismáticas da Europa.<br /><br /><strong>Museu de Lindholm Høje</strong>, Dinamarca. Situado ao lado do sítio arqueológico de mesmo nome, um cemitério com sepulturas demarcatórias de pedras, imitando figuras de navios. Ao todo o sítio possuí 700 sepulturas, a maioria com o método de cremação. O Museu de Lindholm Høje foi aberto em 1992 e consiste em uma fazenda-museu, onde réplicas de pessoas em tamanho natural e vários objetos reproduzem o dia-a-dia das regiões interioranas na Era Viking. O interior das casas possui fogueiras, cozinhas, cenas cotidianas. Os objetos originais são expostos em redomas de vidro, numa sala separada do conjunto. Durante o verão, é realizado neste local um mercado Viking, onde são vendidas peças e réplicas de diversos artefatos, além de perfomances e dramatizações com atores profissionais e amadores. O Museu ainda contém uma cafeteria que funciona por várias horas no dia.<br /><br /><strong>Museu de Moesgård</strong>, Dinamarca. Suas principais atrações são exposições de caráter etnográfico, mas também pesquisas envolvendo tecnologia de ponta, como fotografia aérea e sondagem arqueológica por magnetômetro, reconstituindo a saga nórdica dos tempos pré-históricos até o processo de cristianização, incluindo a região da Groelândia. Os principais artefatos são pedras rúnicas, da região de Århus e proximidades. Alguns dos itens mais curiosos expostos são o esqueleto de um escravo da Era Viking, decapitado e enterrado com seu senhor em Léjre; corpos preservados nos pântanos (possivelmente sacrifícios, como o homem de Grauballe) e sacrifícios de guerra de Illerup Ådal. Esses últimos vestígios receberam recentemente uma exibição própria, com o nome de Illerup Ådal – A face do inimigo, que reconta a dramática história do encontro de forças da Noruega e Dinamarca na região da Jutlândia, onde os invasores foram derrotados e alguns prisioneiros sacrificados ao deus Odin. Muitos objetos pouco associados aos guerreiros nórdicos no imaginário popular também fazem parte dos acervos: chaves, pentes, potes, alicates, alfinetes, etc. Um dos objetos mais importantes deste museu é o desenho do deus Loki, da estela de Snaptum. Próximo ao museu, existe uma reconstituição em escala (diorama) do antigo povoamento nórdico. Na última semana de julho, ocorre um mercado Viking no local.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuBx_x7HxI/AAAAAAAACl4/KFTyIrj-2ZA/s1600-h/Exposi%C3%A7%C3%A3o+Illerup+%C3%85dal,+Museu+de+Moesg%C3%A5rd,+Dinamarca.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398551274268073746" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/SuuBx_x7HxI/AAAAAAAACl4/KFTyIrj-2ZA/s400/Exposi%C3%A7%C3%A3o+Illerup+%C3%85dal,+Museu+de+Moesg%C3%A5rd,+Dinamarca.jpg" border="0" /></a><em> <center><span style="font-size:85%;">Exposição Illerup Ådal, Museu de Moesgård, Dinamarca.</span></center></em><br /><br /><strong>Museu Viking de Ribe</strong>, Dinamarca. Todas as exposições deste museu recontam a história da cidade Viking de Ribe. A grande atração fica por conta de uma moderna sala-multimídia (com som, luzes e efeitos de computação), chamada de O olho de Wotan (o antigo nome do deus Odin), que introduz o visitante na história e na cultura dos antigos escandinavos, além de um pequeno documentário denominado Os Vikings em Ribe, apresentado em inglês e em outras línguas, durante várias vezes ao dia. O shop do museu é repleto de curiosidades, livros, réplicas e miniaturas para a venda, muitas das quais são reproduções dos objetos das exposições, além de uma moderna cafeteria. A exposição temporária mais recente envolveu atividades interativas, na qual os visitantes podiam participar de jogos medievais e visitar o interior de antigas cozinhas.<br /><br /><strong>Museu Nacional da Islândia</strong>, em Reykjavik. A maior parte do acervo desta instituição pertence ao chamado estilo Nórdico-Celta, consistindo em objetos de bronze descobertos em uma sepultura de mulher na península de Reykjavik. Alguns dos itens expostos incluem a célebre estatueta do deus Thor e seu martelo, além da porta da Igreja de ValÞjofstaður, uma das únicas do estilo romanesco das regiões nórdicas da Europa. Foi reaberto em julho do corrente ano.<br /><br /><strong>Museu Nacional de Antiguidades da Escócia</strong>, Edinburgh. Possui uma rica coleção de artefatos recolhidos durante as escavações nas ilhas Orkney, Shetland e norte da Escócia. Recentemente seu acervo foi complementado com a descoberta de muitos sítios-acampamentos dos Vikings, datados das invasões na Grã-Bretanha.<br /><br /><strong>.:: Por Johnni Langer</strong><br /><strong>Referências Bibliográficas</strong><br /><em>· FOLLOW THE VIKING: Highlights of the Viking World. Visby: Gotland Center for Baltic Studies, 1996.<br />· GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). The Viking World. London: Frances Lincoln, 2001.<br />· HAYWOOD, John. Encyclopaedia of the Viking Age. London: Thames & Hudson, 2000.</em>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-45891607471578044662009-10-17T05:04:00.000-07:002010-07-15T18:37:54.941-07:00A fúria Viking<em>Eles chegaram à América antes de Colombo, deixaram profundas marcas na Europa e criaram longas rotas de comércio. Mas isso ofuscado pela lendéria violência de seus ataques.</em><br /><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TD-3lKfADLI/AAAAAAAAFoE/iLHRHjUz5Lo/s1600/viking27.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 270px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TD-3lKfADLI/AAAAAAAAFoE/iLHRHjUz5Lo/s400/viking27.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494311919512718514" /></a><br /><br />No fim do século 8, a ilha de Lindisfarne, na costa nordeste da Inglaterra, abrigava agricultores, pastores e religiosos. Era um local sagrado, onde Santo Aidan havia vivido 100 anos antes. Todos os tesouros do povoado se resumiam a um punhado de objetos de culto, como cálices e hostiários feitos de metais preciosos, que ficavam guardados num mosteiro. Como a maioria da Europa era cristã, os moradores de Lindisfarne podiam até temer uma invasão, mas tinham certeza de que suas relíquias religiosas jamais seriam tocadas. Toda essa confiança ruiu em 8 de junho de 793. Foi quando uma horda de homens desembarcou na ilha, vinda das gélidas terras do norte. Com ferocidade e rapidez, eles saquearam o mosteiro e mataram os monges que cuidavam dele.<br /><br />A invasão de Lindisfarne foi só o começo. Ela marcou o início da Era dos Vikings. Entre o fim do século 8 e a metade do século 11, boa parte da Europa seria aterrorizada pelos guerreiros escandinavos. Primeiro na costa britânica, depois no resto do continente, os europeus descobriram que nada era páreo para os vikings. Nem crenças celestes nem tampouco regras terrenas. Não foi à toa que seu nome se originou do termo nórdico vik, que se refere a alguém que espreita em uma baía – em outras palavras, um pirata. Pagãos, os vikings não diferenciavam camponeses de monges ou tesouros de relíquias cristãs. Para eles era tudo igual, o que chocou os cronistas europeus da época, que descreviam os vikings como “bárbaros” sem piedade.<br /><br />Na verdade, o campo de batalha era uma espécie de paraíso para os nórdicos. O céu de sua religião, Valhala, nada mais era que uma eterna guerra. Eles acreditavam que, nessa espécie de Olimpo, os vencedores de cada dia eram convidados a comemorar com Odin – um de seus principais deuses – o sucesso obtido em mais uma luta.<br /><br />Em suas incursões, além de saquear, os vikings faziam escravos. Mas os escandinavos também praticaram pacificamente o comércio e estabeleceram colônias em locais como França, Alemanha, Países Baixos e Rússia. “Os vikings não eram apenas senhores da guerra”, afirma a arqueóloga dinamarquesa Else Roesdahl no livro The Vikings (sem edição no Brasil). “Eles também eram exploradores que colonizaram terras até então desabitadas do Atlântico Norte – Ilhas Faroe, Islândia e Groenlândia –, e foram os primeiros europeus a chegar à América.” Apesar de os vikings terem superado o navegador Cristóvão Colombo em cinco séculos, a fama de implacáveis permanece sendo sua imagem mais forte.<br /><br /><strong>Invasões bárbaras</strong><br /><br />Em vastas terras que hoje pertencem a Suécia, Dinamarca e Noruega, os vikings viviam da agricultura, da pesca e do comércio (de peles, madeira, trigo, peixes, metais e, eventualmente, de escravos). A sobrevivência era bastante complexa, porque os recursos eram escassos – e o frio, de doer. Ao contrário do que ocorreu em boa parte da Europa, os vikings nunca sofreram uma invasão romana e, por causa disso, eram bem diferentes dos outros povos do continente. Eles compartilhavam a mesma cultura, mas não formavam uma sociedade unificada. Boa parte deles vivia dividida em comunidades menores, cada uma comandada por um líder guerreiro. A falta de divisões políticas muito organizadas se refletiu nas invasões vikings da Europa: em vez de grandes exércitos obedecendo a um rei, muitas vezes as pilhagens eram feitas por pequenos grupos de homens (que depois dividiam o espólio entre si).<br /><br />Navegando para longe de sua terra natal, os nórdicos se estabeleceram mais ao sul. Cidades como York, na Grã-Bretanha, e Dublin, na Irlanda, tiveram assentamentos vikings. Eles desembarcaram nessas regiões no século 9, aproveitando o clima mais ameno. O contato com as comunidades locais não era necessariamente violento. Afinal de contas, muitos vikings aceitavam se converter ao cristianismo. “Devemos lembrar que o nacionalismo extremo é um fenômeno histórico recente. Naquela época, a Inglaterra estava dividida em pequenos reinos (...) e os dinamarqueses eram rapidamente aceitos”, afirma o historiador sueco Holger Arbman no clássico The Vikings (inédito no Brasil).<br /><br />Na Europa continental, os vikings fizeram por merecer sua fama de guerreiros implacáveis. Aproveitando a versatilidade de seus barcos, eles navegaram pelo rio Sena até chegar a Paris. Por duas vezes, em 845 e 860, chegaram, pilharam sem enfrentar grande resistência e, quando ficaram satisfeitos, foram embora. Em novembro de 885, eles voltaram. Mas encontraram uma cidade bem mais protegida. Guaritas haviam sido construídas, assim como pontes móveis de madeira, usadas para impedir a entrada de navios inimigos. Teve início, então, uma especialidade viking: o cerco. Eles costumavam cercar as cidades para sufocá-las e, normalmente, exigiam pagamentos para se retirar.<br /><br />Os parisienses resistiram por quase um ano ao assédio de um dos maiores esforços vikings de guerra: 30 mil homens, que chegaram em 700 embarcações. Foram salvos pela chegada do exército do Sacro Império Romano. Quando o embate acabou, os vikings envolvidos nele se dispersaram. Um dos líderes nórdicos, Rollo, resolveu permanecer na região. Ganhou uma fatia de território na Normandia para se estabelecer e, em troca, deveria proteger os francos de novos ataques de seus compatriotas. Rollo mudou o nome para Robert e se converteu ao cristianismo – dando origem a uma linhagem que, mais tarde, conquistaria parte da Inglaterra.<br /><br />Os ataques à França, às ilhas britânicas e à Espanha eram realizados pelos vikings que viviam nas atuais Noruega e Dinamarca. Seu alvo preferencial era a Irlanda: na primavera, os ventos da costa norueguesa levavam os barcos até lá sem muito esforço. Os saques podiam durar até o outono, quando surgiam os ventos que traziam os nórdicos de volta para casa. Já os vikings do território que hoje corresponde à Suécia costumavam partir para o mar Báltico, onde pilhavam as atuais Polônia, Letônia, Lituânia e Rússia. Quando o objetivo era o comércio, eles iam ainda mais longe: navegando pelos rios Volga e Dnieper, chegaram até Constantinopla, então capital do Império Bizantino. Mas, por ter saqueado a cidade em 860, incendiando igrejas e casas, os vikings eram vistos com desconfiança por lá. Quando vinham comercializar seus produtos, eles tinham que deixar suas armas fora das muralhas de Constantinopla e não podiam entrar em grupos com mais de 50 pessoas.<br /><br />Em túmulos vikings na Suécia, foram encontradas moedas cunhadas em Bagdá, o que indica que nórdicos percorreram muito chão – e água – para vender seus produtos aos árabes. Grande parte do que se sabe sobre os vikings, aliás, foi descoberto graças a seus túmulos. Os líderes nórdicos eram enterrados com tesouros, armas e objetos pessoais, incluindo os barcos (é por causa desse costume que sabemos tanto sobre as embarcações vikings, preservadas debaixo da terra). Em alguns sepultamentos foram encontrados corpos de mulheres – provavelmente concubinas, assassinadas e enterradas ao lado do amante morto.<br /><br /><strong>América, ano 1000</strong><br /><br />Mas o que fez os vikings se distanciarem tanto de seus territórios? “Sugerem-se várias motivações para o surgimento repentino dos vikings em meados do ano 800. A superpopulação na terra de origem é vista como um dos fatores principais”, afirma o historiador britânico Mark Harrison no livro The Vikings: Voyagers of Discovery and Plunder (“Os vikings: viajantes das descobertas e pilhagens”, inédito no Brasil). O excedente populacional era agravado pela falta de recursos naturais da Escandinávia. Procurando novas terras, grupos noruegueses e dinamarqueses chegaram a ilhas próximas, como as Faroe. Depois, partiram para locais mais remotos, como a Islândia e a Groenlândia. Foi nessa grande ilha gelada que se estabeleceu Eric, o Vermelho, líder expulso da Escandinávia por assassinato. Seu filho Leif Ericsson, entretanto, não se contentou em ficar por lá e decidiu se aventurar no oceano Atlântico, liderando um grupo de guerreiros.<br /><br />A recompensa de Ericsson e seus homens foi descobrir a América. Um sítio arqueológico descoberto em L’Anse aux Meadows, na costa leste do Canadá, prova que eles fizeram isso por volta do ano 1000 – segundo os pesquisadores que trabalham no local, o assentamento de Ericsson deu origem à lendária Vinland, a terra das vinhas descrita no folclore viking. Mas os nórdicos não ficaram muito tempo no continente recém-encontrado. Os ataques dos povos locais e a dificuldade de sobrevivência fizeram com que, após três anos, o grupo voltasse para casa.<br /><br />Na época em que Ericsson retornou ao lar, a fúria expansionista dos vikings começava a entrar em declínio. Uma das últimas grandes batalhas em que eles se envolveram foi na Irlanda, em 1014. Brian Boru, rei irlandês, pretendia unificar suas terras e entrou em conflito com o líder viking Sigtrig Barba de Seda. O conflito deu origem à batalha de Clontarf, nos arredores de Dublin. Havia vikings dos dois lados, e os homens de Boru despacharam os de Sigtrig em direção ao mar. Em 1066, o duque da Normandia, William, conseguiu expulsar os vikings da Danelaw, região que os nórdicos habitaram durante quase dois séculos na Inglaterra. Na Escócia, contudo, muitos duques descendentes de escandinavos permaneceram no poder.<br /><br />O fim dos ataques vikings coincidiu com o avanço do cristianismo entre eles. Nas ilhas britânicas, os nórdicos que não foram expulsos acabaram se adaptando à cultura e à religião local (na Inglaterra, por exemplo, é raro encontrar túmulos pagãos construídos depois do ano 950). Ao fim do século 10, muitos moradores da própria Escandinávia já eram cristãos. Com a nova religião, o ímpeto por conquistas se dissipou. Mas jamais foi esquecido, permanecendo em lendas contadas até hoje nos locais onde houve colônias vikings.<br /><br /><strong>.:: Isabelle Somma</strong><br />Historia.abril.com<br /><br /><br /><u><strong>Leia também!</u></strong><br /><br /><a href=" http://povoviking.blogspot.com/2008/02/fatos-e-lendas-sobre-os-berserkers.html">► Fatos e lendas sobre os Bersekers</a><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/03/guerreiros-vikings.html">► Guerreiros Vikings</a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-74585226973485088432008-07-05T08:38:00.000-07:002008-07-05T08:41:04.326-07:00"Vikings mais que um povo, um ideal"1 – Introdução:<br /> <br />Este é meu segundo trabalho para a revista Klepsidra. No trabalho anterior, realizei uma abordagem bem ampla sobre a História da civilização Inca. Minha área de interesse em História é justamente como surgiram, se desenvolveram, evoluíram e, algumas vezes, se extinguiram as civilizações dos períodos Antigo e Medieval, como os próprios Incas. <br />Neste trabalho, continuarei a desenvolver minha área de interesse, porém agora escrevendo sobre um outro povo, cujo brilho social, cultural e militar também foi imenso, mas que assim como os Incas (só que de maneira bem diversa) acabou por perder sua cultura própria e, sendo assim, deixou de ser um povo em particular, para se mesclar ao cenário do Ocidente mundial. <br />Bem como os Incas, os Vikings não foram totalmente exterminados (ainda existem descendentes de Incas por toda a cordilheira dos Andes, e os descendentes dos Vikings são os povos Escandinavos de hoje), mas sua cultura foi aos poucos se perdendo em detrimento da Religião e dos costumes da Europa Cristã. <br />Pretendo aqui, não apenas mostrar de um ponto meramente descritivo como se desenvolveu o povo Viking, mas sim explicar o fenômeno que suas incursões causaram na Europa, discutir o fato de os verdadeiros descobridores da América terem sido estes navegadores (por volta de 500 anos antes de Colombo) e, por fim, explicar a seguinte afirmação: “Os Escandinavos deixaram de serem Vikings ao se tornarem Cristãos”. <br />Antes de iniciar meu texto, quero deixar claro que ele não visa ser um trabalho completo como seria o feito por um especialista no tema, mas apenas intenta familiarizar um pouco mais o estudante brasileiro com este tema tão pouco conhecido: Os Vikings. No entanto é bem possível que meu texto seja uma das mais abrangentes e completas obras sobre este povo escrita em Português, uma vez que tive imensa dificuldade em encontrar dados e obras sobre este tema em nossa língua. Inclusive, quando pedi indicações bibliográficas sobre o tema para a professora de Idade Média da USP, ela não só não me indicou com precisão nenhum livro, como também disse que toda a bibliografia disponível sobre o povo estava em Inglês, Francês, Alemão ou outras línguas Européias. Sendo assim, talvez meu trabalho seja mais importante ainda do que foi o dos Incas, uma vez que existem diversas obras sobre aquele povo traduzidas para o Português ou mesmo feitas no Brasil. <br /> <br />2 – Localização Espacial e Contextualização Racial: <br /><br />Neste trecho do trabalho irei descrever algumas das levas migratórias que se dirigiram para a Europa ao longo dos séculos, dando ênfase ao período final da Antigüidade e inicial da Idade Média. <br />Acredito que a melhor maneira de explicar um fato histórico é, antes de mais nada, contextualizá-lo geograficamente. Pois bem, neste trecho irei diferenciar a nossa noção atual de Escandinávia daquilo que era a Escandinávia na época do surgimento dos Vikings. <br /><br />2.1 – A Escandinávia: <br /><br />A Escandinávia atual é composta por duas penínsulas: a Escandinava e a Jutlândia. Na península Escandinava situam-se a Noruega, a Suécia e a Finlândia, e na península da Jutlândia situa-se a Dinamarca. Portanto, o termo Escandinavo refere-se aos habitantes de um desses quatro países. No entanto, a situação não era a mesma no final da Antigüidade e princípio da Idade Média. <br /> Na realidade, esses quatro países ditos Escandinavos são formados por três povos diferentes (muitos não sabem, mas ao longo da História, centenas de povos diferentes migraram, guerrearam e, às vezes se miscigenaram na Europa, sendo assim, o conceito de Raça pura é um absurdo completo, mesmo em se tratando dos loiríssimos Escandinavos), os Fineses, os Teutões (ou Teutos) e os Escandinavos propriamente ditos. Os Fineses constituíram uma leva migratória provavelmente oriunda do norte da Ásia, que aos poucos foi se aproximando da Escandinávia, até se sedentarizar, no final da Antigüidade, na atual Finlândia e em algumas regiões do norte e nordeste da Suécia.<br />Os Teutões são uma leva migratória muito mais antiga, desde os mais remotos tempos eles já habitavam a Europa e moveram-se muito pouco até se estabelecerem na Jutlândia, nas ilhas do mar Báltico e no sudoeste da Suécia. Entretanto, os Teutões não são muito conhecidos pois tinham divisões internas entre “raças”. As principais “raças” Teutônicas eram os Saxões, os Anglos, os Frísios, os Jutos (cuja “raça” deu nome à Jutlândia) e os Danos. <br />Por fim, os Escandinavos também são um povo muito antigo na região, cuja presença remonta talvez aos mais longínquos tempos da Pré-história. Eles se estabeleceram inicialmente no noroeste da Noruega, mas depois se espalharam por toda a Noruega e pela maior parte da Suécia. <br />No início do século V, os Romanos estavam em franca decadência, e em 410, visando proteger a própria cidade de Roma dos ataques das hordas bárbaras, o Imperador retirou as tropas que guardavam a Britânia (ilha onde atualmente se situam Inglaterra, Escócia e País de Gales). Sendo assim, os habitantes da península da Jutlândia começaram a atacar a Britânia, pois as condições de sobrevivência no lugar eram terríveis (terras estéreis e frio intenso). Foi assim que Anglos, Frísios, Jutos e muitos Saxões transferiram-se para a Britânia, onde sua miscigenação com os Britânicos (nativos da Britânia) deu origem aos Ingleses. Depois dessa leva migratória que perdurou pela primeira metade do século V, a Jutlândia se viu semi abandonada, e foi ocupada pelos Danos (ao norte e centro), que residiam no sul da Suécia e ilhas do Báltico, e pelos Saxões (ao sul). <br />As comunidades nessa época eram muito divididas e é provável que cada pequeno povoado constituísse um Reino de fato. <br />O leitor deve estar se perguntando: “Mas por que o autor está me falando sobre todos esses povos?” Bem, a resposta é simples. Acontece que os Danos, foram o único povo Teutão que não migrou para a Britânia, pelo contrário, a migração dos outros deu-lhes mais espaço, pois mesmo os Saxões migraram em grande parte para a Britânia. Sendo assim, os Danos se espalharam e ocuparam a Jutlândia, sem abandonar nem as ilhas do Báltico, nem o sul da Suécia. Isso é importante para delimitar o tema de meu trabalho, pois ao contrário do que muito acham, os Vikings não eram os Noruegueses, os Dinamarqueses e os Suecos, pois os Suecos, juntamente com os Danos que habitavam a Suécia compuseram, na época Viking, o povo Varegue ou Varangiano, não sendo portanto os Suecos, Vikings. Estes se compuseram pelos Escandinavos da Noruega e pelos Danos da Jutlândia e ilhas Bálticas. <br /> <br />Em branco as rotas dos Vikings Noruegueses, rumo ao oceano Atlântico, ilhas Britânicas e Normandia. <br />Em laranja as rotas dos Vikings Dinamarqueses, rumo ao sul a Inglaterra, Normandia e Mediterrâneo. <br />Em vermelho as rotas dos Varegues. Eles chegaram a Constantinopla e fundaram o primeiro Reino da Rússia (com capital em Kiev), além de dominarem a Finlândia, mas não eram Vikings.<br /><br /><strong>Mais...</strong> <a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/3-termos-gerais-da-civilizao-viking.html"><strong>2</strong></a>, <a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/ser-viking.html"><strong>3</strong></a> <a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/3-termos-gerais-da-civilizao-viking.html"> <strong>></strong></a> <a href="http://povoviking.blogspot.com/2008/02/ser-viking.html"><strong>>></strong></a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-45938114075253925672008-06-27T18:12:00.000-07:002009-10-17T05:19:25.890-07:00Fatos e lendas sobre os Berserkers <a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R8TRgZN0WwI/AAAAAAAAATA/mnVhWeLQTDs/s1600-h/BERSERKER.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R8TRgZN0WwI/AAAAAAAAATA/mnVhWeLQTDs/s200/BERSERKER.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5171488626583034626" /></a><br />Os Vikings foram os mais famosos guerreiros da Idade Média. Famosos por suas empreitadas pelo mar, seja atacando vilas e mosteiros pela Europa ou navegando para fins pacíficos de comércio ou colonização em outras partes do mundo. No tocante à guerra, além de seu conhecido navio (popularmente chamado de drakkar, dragão), uma arma tecnológica que lhes concedeu vantagem sobre os outros povos, os especialistas acreditam que eles tiveram outro importante elemento que explicaria seu imenso sucesso nas batalhas. Trata-se dos guerreiros de elite conhecidos pela designação de berserker.<br />Existem duas explicação atuais para este nome. A mais coerente diz que seria “camisa de urso” (do nórdico bear), e a outra “sem camisa” (do nórdico bare). Seja como for, talvez as duas possam ter coerência mútua. A ligação com o urso provém do simbolismo e da importância deste animal para as tribos de origem germânica, desde a antiguidade. E a segunda explicação, sem camisa, refere-se ao fato dos berserkers não usarem nenhuma proteção nas batalhas, como veremos a seguir.<br />A principal característica dos berserkers seria sua fúria incontrolável e assassina. Muito antes dos Vikings, um cronista latino chamado Tácito já se referia a guerreiros entre os germanos que possuíam estas características, que aliás, eram muito louvadas por sociedades que dependiam totalmente da guerra para sobreviver.<br />Desde o século 18 os estudiosos tentam explicar esse comportamento frenético dos berserkers (chamado de berserkergang). Uma das mais populares, principalmente após os anos 1960, era a de que utilizavam alucinógenos (o cogumelo Fly acaris, por exemplo, comum entre os xamãs da Lapônia) ou bebidas alcoólicas. Testes químicos e experimentos com voluntários reproduzindo situações de batalha concluíram que os efeitos colaterais derivados da ingestão destes produtos (náuseas, vômitos, tonturas), em vez de ajudar, acabaram prejudicando as ações humanas. Atualmente, portanto, são teorias descartadas.<br />Mas afinal, o que ocasionava o furor destes soldados medievais? As respostas vieram principalmente de duas explicações, relacionadas entre si. A primeira é relacionada ao culto do antigo deus Odin (ver Box). Segundo o cronista islandês Snorri Sturluson, os berserkers eram devotados fiéis à esta divindade. Seria, portanto, a sua fé em um deus xamânico, que privilegia a magia, o êxtase e a metamorfose humana em animais, que explicaria esse comportamento: “os homens de Odin avançam para as frentes sem armaduras, onde tão loucos como cachorros ou lobos, mordem seus escudos, e são tão fortes quanto ursos ou bois selvagens e matam pessoas com um golpe, mas nem o ferro nem o fogo os detém”, na famosa descrição de Snorri da Saga dos Ynglingos (escrita no século 13 d.C.). Escolhendo como totem pessoal o urso ou lobo (no caso dos guerreiros chamados de Úlfhedinn), estes guerreiros cultuariam a Odin através de danças e rituais portando máscaras animais e armamentos. Várias placas-amuletos encontradas na Escandinávia mostram cenas de homens vestindo peles (inclusive cabeças de lobo) e dançando numa espécie de êxtase. Outra fonte, escrita pelo imperador bizantino Constantino II (Livro das cerimônias), descreve uma “dança gótica” de soldados com peles e máscaras animais, realizada por membros da guarda varangiana. Esta tropa consistia de mercenários suecos que prestavam serviço em Constantinopla (Bizâncio).<br />A teoria da possessão espiritual também encontra eco em outras fontes literárias da Escandinávia. Na Saga dos Volsungos, de caráter lendário, o pai do famoso herói Sigurd (o Siegfried alemão), Sigmund e seu outro filho Sinflioti, em dado momento da narrativa agem como lobos, habitando uma floresta e até assassinando pessoas. Isso parece coincidir com o comportamento do guerreiro Bovdar Bjarki (descrito na Saga de Hrolf), que trabalhava para o rei Kraki da Dinamarca. Quando ele saia para o campo de batalha, transformava-se em um imenso urso, enquanto sua forma humana ficava em casa e parecia dormir. Isso está relacionado ao hamr (alma, forma) e a fylgja (forma espiritual que acompanha cada humano). Na religiosidade Viking, a hamr de um ser humano poderia se transformar em um animal e também estava relacionada à crença nos lobisomens (hamrammr, homens que viram lobos).<br />A segunda explicação para o frenesi dos berserkers e em consequência, no seu sucesso perante as batalhas, advém de causas puramente psicológicas. O pesquisador Peter Woodward, no programa Conquista da BBC, testou essa teoria. Em primeiro lugar, o tipo de equipamento mais usado por estes guerreiros era o machado, uma arma somente de ataque e sem defesa operacional, como a espada. Um soldado na frente de batalha, sem nenhum tipo de proteção (armadura ou escudo), gritando, urrando, dançando e atirando o próprio corpo contra os inimigos sem nenhum medo, causa um efeito psicológico devastador: é a agressão em estado puro, terrivelmente assustadora. Esse estilo suicida extremista fez os berserkers entrarem para a história da guerra.<br />Até agora só examinamos estes guerreiros no campo de batalha. Mas e na sociedade Viking? Qual o seu papel? Por um lado, eles eram admirados e muito requisitados. Faziam parte da guarda real de muitos reinos da Escandinávia e até de tropas de elite no exterior, como foi o caso de Bizâncio, como já comentamos ou na atual Rússia. Todas as expedições de pirataria ou em exércitos com formações maiores, contavam com grupos de berserkers, prontos para a ação. Para o referencial da elite aristocrática, eles eram muito valorosos e necessários, atingindo um status privilegiado na sociedade. Mas para o camponês, o pequeno proprietário ou fazendeiro do tempo da Escandinávia Viking, eles representavam coisas muito ruins. Loucos, agressivos, perigosos, com excessos sexuais, enfim, vários elementos presentes nas Sagas mostram esse outro lado que encontravam na sociedade. Por serem psicologicamente instáveis, muitas vezes eram de poucas amizades, em outras ocasiões eram banidos das pequenas comunidades (especialmente depois de assassinatos). Um caso exemplar é o relatado na Saga de Egil Skallagrímsson (ver Box, Vikings famosos). Vindo de uma família de berserkers (o pai: Skallagrím, careca feia, e o avô, Kveldi-Úlf, lobo do entardecer), Egil acabou tendo uma vida muito violenta. Em certa ocasião, já em sua casa e sem nenhum motivo aparente, foi tomado por um frenesi descontrolado, matando a criada após atacar o filho. Percebemos, então, que os berserkers ficavam possessos não somente em batalhas, sendo temidos também pelos próprios Vikings.<br />Estes intrépidos guerreiros deixaram seu legado para a história, sendo hoje um nome associado ao furor no inglês moderno (berserk) e integrante de romances, jogos de vídeo game, quadrinhos e desenhos japoneses, além de várias produções cinematográficas. Alguns destes filmes são a comédia Erik, o Viking, onde o ator Tim McInnemy interpreta o humorado e alucinado Sven, ou a produção Berserker, ainda inédita no Brasil. Os Vikings certamente ainda irão proporcionar muitos momentos de inspiração para a arte e o imaginário.<br /><br /><strong>O culto a Odin</strong><br /><br />Odin foi a principal divindade dos guerreiros e aristocratas, sendo um deus da poesia, da morte, das batalhas e da magia. Perdeu um dos olhos para obter mais conhecimento mágico. Andava sempre com dois lobos e dois corvos ao seu lado, além de sua lança Gungnir. Um dos rituais para Odin envolvia periodicamente a imolação de prisioneiros de guerra, geralmente enforcados (em referência a seu auto-sacrifício na árvore Yggdrasill) ou espetados com lanças. O principal local de seu culto parece ter sido a ilha de Gotland, no báltico sueco, com centenas de estelas funerárias representando símbolos e imagens relacionados ao Valhala, além de esculturas reproduzindo Odin em seu cavalo Sleipnir. O seu nome também estava associado ao furor no nórdico (Ódr) quanto no germânico antigo (Wodan) e somado ao fato da crença de que os melhores que morressem em batalha iriam servir a Odin em seu palácio (Valhalla), explica tanto a devoção quanto o frenesi nas guerras.<br /><br /><strong>Técnicas de guerra entre os Vikings</strong><br /><br />As táticas militares utilizadas normalmente em unidades pequenas (a exemplo do “partindo como um Viking”, os ataques surpresas pelo mar), previam o uso da oportunidade e detalhado conhecimento sobre o inimigo. Uma empreitada bem sucedida requeria boa inteligência, segurança e coragem. A estratégia da guerrilha, desta maneira, foi utilizada com eficiência pelos Vikings em situações que envolviam poucas pessoas. Segundo o historiador Paddy Griffith, as chaves do sucesso para operações nórdicas teriam sido: operações com escassos feridos no ataque, mobilidade e rapidez na sua execução e armamento. <br /><br /><strong>Vikings famosos</strong><br /><br />Um dos mais famosos foi Egil Skallagrímsson, que encarnou todos os protótipos e contradições de um nórdico: poeta, pirata, fazendeiro, mercador, guerreiro e mercenário. Com a idade de 6 anos matou um garoto vizinho com o machado de seu pai, seu primeiro assassinato de uma longa série. Tornou-se um famoso aventureiro e pirata a serviço do rei Athelstan da Inglaterra. Para o rei Erik de York, compôs o poema Hofuðslaun. Envelhecendo, tornou-se fazendeiro na Islândia. Outro nórdico muito famoso foi Harald Hardrada (1015-1066), considerado por muitos o último grande chefe Viking. Após fracassar em tentar a sucessão ao trono da Noruega, serviu como mercenário de sucesso em Bizâncio. Adquirindo grande reputação como guerreiro e acumulando muitas riquezas, voltou para a Suécia e depois para a Noruega, adquirindo poder político e autoridade. Em 1066 tentou invadir a Inglaterra, morrendo na célebre batalha da ponte de Stamford. <br /><br /><strong>Bibliografia</strong><br /><br />BOYER, Régis. Berserkr. In: Héros et dieux du Nord. Paris: Flammarion, 1997.<br />GRIFFITH , Paddy. Berserks. In: The viking art of war. London: Greenhill Books, 1995.<br />HAYWOOD, John. Berserker. In: Encyclopaedia of the Viking Age. London: Thames and Hudson, 2000.<br />LANGER, Johnni. Religião e magia entre os Vikings. Brathair 5 (2), 2005. http://www.brathair.com/Revista/N10/magia_viking.pdf <br />LIEBERMAN, Anatoly. Bersekir: a double legend. Brathair 4 (2), 2004. http://www.brathair.com/Revista/N8/beserkir.pdf <br />WARD, Christie. Berserkergang. http://www.vikinganswerlady.com/berserke.shtml <br /><br />Johnni Langer é pós-doutorando em História Medieval pela USP, bolsista da FAPESP<br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/10/furia-viking.html"><strong><br />VOLTAR</strong></a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8513120705186919359.post-49409675196178786712008-03-29T09:43:00.000-07:002009-10-17T05:20:14.178-07:00Guerreiros Vikings<a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-53RHNfubI/AAAAAAAAAjc/sOQK6ecWYuY/s1600-h/chefe+viking+900.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-53RHNfubI/AAAAAAAAAjc/sOQK6ecWYuY/s320/chefe+viking+900.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183211357027154354" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Chefe Viking 900<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-52sHNfuaI/AAAAAAAAAjU/XKTt-F_-JW8/s1600-h/guerreiro+viking900.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-52sHNfuaI/AAAAAAAAAjU/XKTt-F_-JW8/s320/guerreiro+viking900.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183210721371994530" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Guerreiro Viking 900<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-52R3NfuZI/AAAAAAAAAjM/hQwDBxX6XS8/s1600-h/Guerreiro+Viking+Ferido.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-52R3NfuZI/AAAAAAAAAjM/hQwDBxX6XS8/s320/Guerreiro+Viking+Ferido.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183210270400428434" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Guerreiro Viking Ferido<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-51znNfuYI/AAAAAAAAAjE/tkKsiO0qnH4/s1600-h/figura+de+guerreiro+normando.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-51znNfuYI/AAAAAAAAAjE/tkKsiO0qnH4/s320/figura+de+guerreiro+normando.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183209750709385602" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Guerreiro Viking<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-51YHNfuXI/AAAAAAAAAi8/p8-YY6sY1Uo/s1600-h/os+vikings.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-51YHNfuXI/AAAAAAAAAi8/p8-YY6sY1Uo/s320/os+vikings.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183209278262983026" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Ataque Viking<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-506HNfuWI/AAAAAAAAAi0/UA8VREVXOrU/s1600-h/Viking+S%C3%A9c.+IX-X.......jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-506HNfuWI/AAAAAAAAAi0/UA8VREVXOrU/s320/Viking+S%C3%A9c.+IX-X.......jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183208762866907490" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Viking Séc. IX-X<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-50hHNfuVI/AAAAAAAAAis/ANopn2eCDtg/s1600-h/Viking+S%C3%A9c.+IX-X.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-50hHNfuVI/AAAAAAAAAis/ANopn2eCDtg/s320/Viking+S%C3%A9c.+IX-X.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183208333370177874" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Viking Séc. IX-X<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-50GXNfuUI/AAAAAAAAAik/i9DvvKeM1yY/s1600-h/Chefe+Viking+S%C3%A9c.+X.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-50GXNfuUI/AAAAAAAAAik/i9DvvKeM1yY/s320/Chefe+Viking+S%C3%A9c.+X.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183207873808677186" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Chefe Viking Séc. X<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-5zr3NfuTI/AAAAAAAAAic/dKcGmjvkn7Y/s1600-h/Cavaleiro+Normando+S%C3%A9c.+XI.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/R-5zr3NfuTI/AAAAAAAAAic/dKcGmjvkn7Y/s320/Cavaleiro+Normando+S%C3%A9c.+XI.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183207418542143794" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Cavaleiro Normando Séc. XI<br /><br /><br /><a href="http://povoviking.blogspot.com/2009/10/furia-viking.html"><strong>VOLTAR</strong></a>Valter Pittahttp://www.blogger.com/profile/17227472146246971939noreply@blogger.com0